POPULARIDADE É O QUE EU QUERIA

Quando eu era uma adolescente, eu ficava observando os meus colegas da escola, ou os colegas que moravam na mesma rua que eu, os primos, uns tão populares e outros nem tanto, alguns às vezes até bem introspectivos como eu era naquela época.

E tudo o que eu mais deseja na vida, ao menos naquele momento, era ser bem popular, mas infelizmente ou felizmente, não sei, eu fui percebendo que não estava na minha personalidade, a tal popularidade, as minhas características eram incompatíveis com a mesma: sempre fui muito sincera, extremamente transparente e excessivamente franca.

Eu sentia que para ter popularidade, eu teria que ser simpática com todo mundo o tempo todo, e isso é um tanto quanto impossível para quem é verdadeira como eu, pois ninguém consegue estar de bom humor o tempo inteiro.

Para mim, é óbvio que uma pessoa popular, absolutamente, não pode ser transparente, porque se ela expressar o que realmente sente, pensa e quer, naturalmente não consegue ser popular, pois evidentemente, uma pessoa sincera agrada uns, enquanto desagrada outros, e os populares, pelo que sei, com suas "diplomacias", que as chamo de hipocrisia, agradam a todos sempre.

E por mais que as pessoas tentem, nem todo mundo é legal, lindo e sem defeitos, então, como ser simpática com uma pessoa antipática, você sendo uma pessoa autêntica?

Triste constatação: Definitivamente, eu nunca teria talentos suficientes para ser uma garota popular.

Mas, felizmente, eu tirei algumas coisas boas disso, com o tempo eu comecei a enxergar que popularidade nem sempre está ligada à integridade moral, e essa eu tenho a certeza de tê-la e de querer mantê-la.

Desde então, eu me redescobri como uma pessoa que não queria mais ser "popular", mas eu queria mesmo era ser uma pessoa menos tímida, menos introspectiva, eu queria ser extrovertida podendo, assim, manter a minha autenticidade.

Ser conhecida e reconhecida pelo bom caráter que tenho, por qualidades tão raras nos dias atuais, como a sinceridade, honestidade...

Então, no decorrer do tempo, passando por vários estágios da vida, graças a algumas coisas, situações, pessoas e principalmente, a mim mesma, eu consegui deixar de lado as tão indesejadas timidez e insegurança, que por consequência me fazia uma pessoa escondida dentro de um casulo, sem qualquer expressão e em completa introspecção.

E percebi que era exatamente isso que me era importante e estava faltando na minha vida: A transformação, desde a fase do casulo até a fase da borboleta. E eu consegui! Deixei de ser a feia lagarta presa por fios de medo, insegurança e timidez, e me tornei a "BUTTERFLY" com um voo livre, colorido, rítmico, entusiasmático e sempre conseguindo o feito de me expressar sem medo...

E a partir desse momento eu não me importava mais com o todo, no sentido de ser a pessoa "legalzinha", mas o que me importava de verdade, e importa ainda, é eu ter ao meu lado a minha família e os poucos amigos, simplesmente por ser a pessoa verdadeira e do bem que sou.

Nunca mais quis saber da tal popularidade, nem da hipocrisia ou diplomacia (se é esse o nome que preferem dar a falsidade), mas continuo com a minha sinceridade, transparência e objetividade, e com certeza, sou mais feliz assim.

Vannessa Adryanna
Enviado por Vannessa Adryanna em 07/03/2011
Reeditado em 03/10/2011
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