28-01-2007 22:49:57

 

planeta da felicidade

Encontro-me comigo como amigo e enceto uma conversa de circunstância:
− Estás bom?
− Faz-se por isso!...
Não sei porquê, tenho hábito de dar esta resposta mas interrompe-se a conversa, fica sem mais. A poesia acaba, nem uma despedida. Aparentemente ainda estou a tempo, mas já estou no estaria, já não estou. Saí do tempo...
Penso agora naquilo que penso quando não penso pensar, de forma inata começo a desejar Poesia: as palavras dispostas em versos. Encontrar um verso, soltar a emoção...
Para pensar "O que é desejar?", estarei a desejar? Poesia, eu desejo sempre "poesia". Por isso penso em emoção, uma sensação profunda, uma comoção do ser: sei lá!?... A "nota musical" de toda a situação: ininterrupta erupção do perfil das letras, o desenho das palavras.
Aí está uma boa ideia para fechar os olhos e sentir o poema formar-se.!. A progressão e a virilidade da exclamação, o pára-raios de Andrómeda! Vamos tentar, fecho os olhos e regresso... com

erecção



o desenho das palavras
na boca das ideias
a mimar ver-

sos a divertirem-se
por virem

viver o poema-ideia .!.
Assim

Sim, só o Assim e eu, o redactor maluco das obras de arte de Andrómeda, o Planeta da Felicidade, onde me encontro comigo...
R{enquadraR...
http://www.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=343994}
Francisco Coimbra
Enviado por Francisco Coimbra em 30/01/2007
Reeditado em 30/01/2007
Código do texto: T364000