VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, EU DENUNCIEI!!!

Bom, alguns desinformados pensam que isso só acontece na periferia, onde o índice de pouca informação cultural e a consequente falta de dinheiro é mais evidente.

Estou aqui para provar o contrário, pois sou advogada, e o covarde é graduado em arquitetura pela USP, e é concursado federal... Bem instruído, bem estudado, bem relacionado...

É certo que de certo tempo para cá, perdeu a mão, tem demonstrado não ter controle da própria vida, pois tem bebido muito, fumado muito, jogado videogames demais, se drogado...

Não pensem que foi sempre assim, no início parecia um cordeirinho, conseguiu segurar a pele até uns dois anos de relacionamento, daí caiu a pele de vez, e percebi que era um lobo mau...

Eu tomei essa decisão que vinha adiando há mais de três(03) anos. Há exatos quatro (04) meses eu quebrei o silêncio, e denunciei com B.O, exame de IML, também denunciei no MP-SP, e no número gratuito e anônimo se preferir de Defesa da Mulher 180...

Mesmo sabendo que não vai dar em nada, e depois de ter sofrido na mão de um canalha e covarde, sem caráter, ainda tendo sido criticada, achincalhada, estou sofrendo preconceitos e maus tratos inclusive da parte de familiares, amigos, conhecidos, dentre outras milhares de coisas... Será por que?

A mulher tem que permanecer sofrendo calada?!

E por um lado eu penso que seria mais fácil para mim se eu não tivesse tomado essa atitude, talvez ele tivesse conseguido o seu objetivo das suas várias tentativas de me matar...

Pensei em morrer tanto por um polo ou por outro do problema.

Mas mesmo assim eu não me arrependo nem por um único momento, pois quem deve sentir-se envergonhado é o homem covarde que se aproveita da fragilidade física e emocional de uma mulher para bater nela por saber que ela não vai fazer nada contra ele porque ela o ama, que pelo amor vai sentir dó e sempre vai ficando por isso mesmo...

Hoje eu posso estar sem o apoio de ninguém, me sentindo como se eu tivesse no meio de uma floresta, debaixo de um chuva torrencial, sem alimentos, muito ferida, com frio, e para completar, sozinha...

Mas mesmo assim enquanto der eu vou em frente, me arrastando, pedacinhos ficando pelo caminho, até onde eu não conseguir ou não quiser mais ir...

Vannessa Adryanna
Enviado por Vannessa Adryanna em 23/09/2015
Reeditado em 24/10/2015
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