VITALIDADE LITERÁRIA

Queridos amigos do Recanto das Letras, sítio de escribas! Estou muito feliz e agradecido a todos vocês, colegas e visitantes, pelo que tem ocorrido comigo neste reduto de congraçamento e de experimentações em prosa e verso.

Acostumei-me a resguardar um tanto de tempo disponível para ver o que aqui ocorre, em todas as "toquinhas" de autor, acompanhando de perto a vitalidade do Recanto. Isto tem dado muito prazer, não só pelas leituras e comentários que os leitores têm feito, mas pelo que o espírito tem se acrescido de propostas de vida, não só de literatura. Tal gozo me tem feito muito bem.

Num país que se lê diminutamente, e em que, via de conseqüência, se escreve pouco. Num país em que os seus habitantes têm pouco poder aquisitivo e, conseqüentemente, uma pequena parcela possui computador. Na atualidade, segundo dados imprecisos e inconfiáveis, são apenas cerca de 50 milhões, num Brasil de quase 190 milhões de almas.

É urgente compreender que o lazer é útil e necessário, como está a ocorrer nos países de primeiro mundo. Veja-se a obra do italiano Domenico Masi e outros que se têm ocupado com o tema. É um fato incontroverso que a população precisa comer, beber e dormir melhor, usufruir de mais conforto.

A expressiva maioria do povo está voltada para os efeitos materializados do seu esforço na força de trabalho, sendo que resulta incompreendida a obra intelectual e sua destinação, o que faz com que escritores sejam incompreendidos e até malvistos.

Desejo registrar nesta página aberta de depoimentos – e de sensitivas pulsações – os meus eternos agradecimentos a todos, por este escriba haver atingido neste final de maio de 2008, a cifra de mais de 110.200 acessos, com 561 textos publicados a partir de 09 de junho do ano de 2005. São mais de 196 (cento e noventa e seis) leituras por texto, na média aritmética. Nunca a minha lavratura em prosa e verso foi tão lida...

Frente às observações expostas acima, é necessário ressaltar este dado inconteste e alvissareiro. Parece que realmente pessoas de todos os matizes de conhecimentos, vivências e níveis de escolaridade, estão com muita vontade de conviver e aprender com o ato de ler e o fato da leitura. Repito! A partir de um dado personalizado de leitura de textos, com alegria, saúdo o mimoso Brasil da contemporaneidade.

Com estes dados provindos da Grande Rede, de seus fazedores de fatos do interesse da literatura, do registro e a propagação da mídia, pode se imaginar e registrar estatisticamente que o Brasil está construindo a sua memória literária. Onde está o país que diziam não ter memória?

O que se espera é que tenhamos – como brasileiros – um lugar ao sol no pequeno grupo que decide os destinos do Mundo.

A população lendo mais, tornando-se mais informada, talvez consiga produzir dirigentes que venham a conduzir os negócios brasileiros no postulado histórico-cultural buscado:

– DE CADA UM SEGUNDO O SEU TRABALHO, A CADA UM SEGUNDO SUAS NECESSIDADES!

– Do livro CONFESSIONÁRIO – Diálogos entre a Prosa e a Poesia, 2006.

http://www.recantodasletras.com.br/cartas/1002408