CARTA À AMIGA

Dulce,

Nos últimos dias tenho vivido momentos de intensas emoções, lágrimas e dor no coração. Apesar de nossa caminhada com percalços, tenho crido que Deus é superior a qualquer circunstância. E podemos ver cada dia as provas que comprovam o cuidado dEle para conosco. A essas alturas dos fatos, pareço estar misturando minhas lágrimas emotivas com os sorrisos de confiança na força que Deus me dá.
Quando falo das nossas emoções abaladas refiro-me à nossa nova realidade. Primeiro aconteceu o divórcio, por que não foi mais possível uma coexistência pacífica entre nós. Por fim, ele resolveu sair de casa e manter um outro relacionamento. Confesso ter sido muito difícil no início, mas felizmente superei. Hoje sou uma mulher feliz.
Agora recentemente aconteceu o casamento de nossa única e graciosa filha. Fiquei apaixonada pela ausência dela, ainda mais por que teve que mudar para outra cidade. Está morando no interior do Estado, haja vista ter conseguido uma boa colocação empregatícia. Ela e o esposo trabalham no Laboratório e Hospital, respectivamente.
Embora sofrendo com a ausência dela, ao mesmo tempo sou confortada por ter consciência que ela precisa construir a própria vida.
Graças ao avanço da tecnologia, a nossa comunicação tem sido freqüente, ora pelas mensagens de celulares, ora pelo telefone, ora através da internet. Essas facilidades parecem encurtar as distâncias, já que nos possibilita falar quase todos os dias.
Cara Dulce, diante do exposto, apesar de estar morando sozinha neste casarão, não me sinto triste nem deprimida. Tenho tido muitos motivos que preenchem o meu tempo de forma útil. Além dos meus relacionamento normais, tenho ativa participação nas atividades da igreja, tenho dedicado muito às minhas atividades literárias, que como você sabe, amo de paixão.
Meu último projeto literário desenvolvido, foi algo que me deu grande prazer. Escrevi o livro “Orientações à Filha que Vai Casar”. Antes mesmo de mandá-lo para a Editora, providenciamos um exemplar com encadernação simples e passamos a ela no dia do casamento. Outro dia, me telefonou informando que estava lendo-o e gostando muito. Que bom! Valeu todo o esforço.
Sinto-me no momento um veículo literário e com alegria desejo continuar neste caminho. É uma atividade que vai se tornando imprescindível para minha vida e percebo que as minhas emoções se confundem com este Grande Amor – a literatura. Ela já se torna uma marca que me fascina e me faz muito feliz!.
Querida amiga, creio que mesmo de longe, consegui transmitir a você o que estava em meu coração.

Com nosso carinho,