Carta ao meu Deus Poderoso...

Senhor; levanto-me na madrugada deste dia 09 de maio de 2007 e ligo a televisão, esse objeto que foi inventado para trazer para as nossas casas notícias boas e más, muito mais as más! Resolvo lhe escrever uma carta, embora sabendo que Estás ao meu lado, que lês meus pensamentos. Mas sinto a necessidade que outros saibam que lhe escrevi, pois hoje o repetido noticiário me fez ter uma dúvida sobre o teu “representante na terra”; o Papa.

Não sou nenhuma autoridade eclesiástica, sou apenas um jornalista do interior, mas em minha profissão existem ricos de vida. E como existem riscos quando falo, por exemplo, sobre a corrupção na política! Porém, mesmo já tendo recebido veladas ameaças não recorri a nenhuma “segurança”, pois confio em Ti, quando dizes: “Não temas, pois Eu sou contigo; não te assombres, pois Eu sou o teu Deus. Eu te fortalecerei...”, mensagem que li na Bíblia, livro de fé de todo cristão, em Isaías 41:10.

As notícias falam de um exército de homens, brasileiros e estrangeiros, envolvidos na “segurança” do homem que diz ser herdeiro do apóstolo Pedro em um trono que nunca foi ouvido falar no tempo em que teu filho Jesus pontificava com seus belos exemplos de amor e ensinamento. Ele também era ameaçado, tanto que com esfarrapadas desculpas foi crucificado vivo. Não tiveram a coragem de matá-lo, fizeram seu corpo morrer e seu espírito criar uma dimensão internacional, chegando ao nosso Brasil mais vivo do que se imagina, através daqueles que busca, seguem e propagam Seus ensinamentos.

O Papa desfilará, não percorrerá ruas a pé com a multidão o seguindo como seguia ao Seu filho Jesus. Os que se sacrificarem em ir até o trajeto de “Sua Santidade” o visualizarão como se estivessem vendo um ET em uma bolha. Em casa, sentado em uma poltrona em frente à telinha certamente será mais cômodo e menos perigoso. Até porque tenho a certeza que o Senhor está, como sempre esteve, no lar de cada um que crê e até que não crê, pois seu amor é infinito.

A questão que levanto, é uma questão de fé. Se teu filho pregou a igualdade, caminhou entre os desconhecidos, ajuntou ao seu redor uma multidão, que percentualmente entre a população de ontem e de hoje, eram muito mais pecadores, ladrões e assassinos misturados aos convertidos nos locais de Sua pregação, e como escudo Jesus tinha apenas Jeová; então por que seu “representante” no século XXI necessita de um exército para dar-lhe proteção do medo da morte?

Parece-me que nele, no Papa, a fé está fraca se não morta. Onde está a confiança em vós? Lembra-te meu Deus, que sempre viajas comigo, do dia em que capotei o carro, tendo minha filha de então seis anos como companheira de viajem? Naquele dia tinha a certeza que estavas comigo, e alguns incrédulos hoje perguntam: “Por que teu Deus não evitou então o acidente”. Em resposta digo que Você meu Deus amado todos os dias me livra dos acidentes, dos ladrões. Naquele dia eu dormi na direção do carro, menti para a polícia disse que derrapei, mas para Ti não há como se mentir. Eu errei, mas assim mesmo após quatro cambalhotas, um carro pronto para o ferro-velho, eu e minha amada filha não tivemos nenhum dano grave, apenas eu tive leves escoriações. Mas lembra-Te que no exato momento eu Te disse... “Toma a direção é Sua”.

Todos os que em Vossa Pessoa crê é teu representante, Você Deus, tão amigo e afinado com meu dia a dia, já me disse que estou autorizado a respeitosamente Te chamar de Você, afinal não és um Deus de legião de soldados, de palácios, de mistério. Você é o Deus verdadeiro que habita em mim, e seria paradoxo eu me chamar de Sumo, como paradoxo é que o mais pop dos teus seguidores, com o título de sucessor de Pedro, confie mais nos blindados e nos soldados, do que parece estar confiando em Ti.

De toda forma toma conta dele, do Papa, e o perdoa se a fé que seu “representante” carrega ainda não chegou ao tamanho do grão de mostarda. Afinal ainda ressoa no Mundo a última frase de Jesus Homem: “Pai, perdoa-os porque não sabem o que fazem”.

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Seu Pedro é Pedro Diedrichs,

confia em Deus o que é suficiente!