Imperfeita - Donzela do Gelo

Imperfeita

Nada do que eu escreva hoje conseguirá expressar de forma devida tudo o que sinto. É então, como se o peito tivesse morrido, último suspiro, de tudo aquilo que ao passar dos anos jamais fora dito. Não se pára de sentir, assim, do nada. A fonte não secou ela apenas baixou o nível de suas águas.

É que cá no meu peito, onde abrigo tudo que nele caiba, bate a contradição constante. A mão por sua vez, não cansou, ela anda dormente, luto para que a normalidade não me tome, nem me domine. Eu e o breu, querendo saber quem ocupa mais espaço e cada um faz exatamente o que consegue, permite e almeja.

Vou dançar descalça, e fazer músicas com rimas cheias de caretas. Andarei com um manto de retalhos coloridos puxando pelas mãos minha alma.

Porque sou tão pouco, talvez. O resto de alguma coisa, que ainda nem sei.

Donzela do Gelo
Enviado por Donzela do Gelo em 04/04/2018
Código do texto: T6299784
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