Cartas de amor são ridiculas II
Acordar antes das 5 da manhã e pensar em alguém distante, um amor impossível é no mínimo ridículo. Mas, instigante e vital. Vital como é o amor e suas vertentes auto-destrutivas e ao mesmo tempo belas. A carta, curta e grossa:
Sem sono
Quando o conheci senti algo maior que minha sanidade. Algo maior que minha faculdade de sentir o que é certo e errado. Algo puro. Tanto que me entreguei por inteiro. Fui vista como louca, por amar um homem tanto assim. Era amor, da maneira que podia ser. E me contentava com pouco. Não me arrependo. Poucos sentem na vida algo assim. Continuo intensa. Feliz, tentei amar de novo. E se for preciso amarei de outras maneiras, com outra intensidade. Ser especial é para poucos também. Mas reconhecer é coragem. Grata! Nada apaga a desilusão de esperar por um encontro. Nem que fosse por um momento, por um olhar, por poucas palavras. Sei que é impossível, mas amei e como disse, sonhar é preciso. E viver também é preciso. Viva bem. Bom dia! Abraços!