A mulher amada

O pranto de seu choro, que derrama apaga o fogo de nosso antigo amor!”

Mulher, amada minha! Através do contagiante magnetismo emergido pela deslumbrante cascata do luar! Envio-te os apaixonados beijos meus! Receba-os, os meus abraços enviados pelo vento... Pelo seu leve e acariciante perpessar, pelo seu sutil e singular modo de acariciar os seres. Mulher, amada minha vivamos a vida, para depois morrermos, vivermos uma outra vida. Desce de teu santuoso pedestal de mulher, vem mitigar-me a sede... Esta insaciável sede que me consume, que me dilacera o coração... A sede de teus carinhos!

Mulher dá-me da rubra taça da tua boca, o néctar divino dos beijos seus! Aperta-me em seus braços e, qual serpente de seda a enlaçar-me todo, sufoca-me com teu veneno, ou me salva pelo milagre de seu bendito amor! Vem mulher, amada minha!

Vem que eu te quero ainda com ardência! Pois os teus caminhos inebriam-me e, no amorável aconchego do teu abraço, eu não sentiria a rude morte a ceifar-me a vida! Mulher, não tarda a despertar o nobre dia! Mais um dia marcado pelo calendário do mundo, assinalando na pagina do meu destino com a tristeza da tua ausência, com a saudade da tua presença, ou a infinita glória de unidos perenemente vivermos encarcerados na adorável cadeia do amor! Vem sentir o embriagador perfume das flores que cultivo no jardim da minha vida para enfeitar-te a alma!

Vem sentir a doçura, a ternura, e toda a imensidão deste amor que a ti devoto uma vez, que unido, nossos corações, viveremos este amor que é tão meu, tão teu, ou simplesmente nosso!