WILMA, SUA INGRATA !

Eu sei de todos os privilégios que você teve em outros tempos, onde todos da família, a tratavam como uma verdadeira rainha. Sei também da sua empáfia e do seu jeito sedutor de caminhar displicente pela casa,marcando território como se ninguém mais ali morasse.

Me contaram também da sua arrogância quando perdeu alguns espaços, e, logo abandonou a todos, indo morar na rua.

Ainda assim, eu quis vê-la, afagá-la e dar a você o meu melhor afago, mas qual, hoje percebo o quanto você é ingrata e arranha, sem piedade o meu coração

Mesmo sabendo que percorri vários quilômetros para estar alguns instantes em sua companhia, você não me deu a chance de obter, ao menos uma ponta de esperança de um possível carinho.

Queria tanto pode acariciar esses seus pêlos enrijecidos e vadios, e, sem nenhum pudor, fitar demoradamente seus lindos olhos, dizendo, finalmente que amo você!

Malvada criatura, como pode ser tão cruel para comigo? Como pode deixar de ronronar em meus ouvidos? Por que você se afasta de mim e foge dos meus carinhos ?

Ingrata! É isso que você é! Quando me disseram, eu não quis acreditar que uma gata pudesse ser tão petulante !

Agora sei que minha vida jamais será a mesma, depois que você me dedicou total desprezo!

Vou-me embora de sua casa com um vazio no peito, e espero que você se “emende” e mude seus modos, sendo mais tolerante e carinhosa com os amigos de Camila, sua gatinha insuportável e vira-latas!

Lili Maia
Enviado por Lili Maia em 01/01/2006
Reeditado em 01/01/2006
Código do texto: T92958
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