''Os meus amores'' todos.

''Os meus amores'' todos...

Não foram apenas ‘’ Ezequiel, Pedro, Paulo, Leo, Jose, Sandro, Junior, e Luiz...’’ que eu amei. Na experiência de tantos amores, sofrimentos e perdas, tentei eternizar cada uma em mim, mas quantas vezes eu amei de verdade? Através das cartas que eu tinha que ler as escondidas e as pressas e que nem mesmo eu poderia ter o prazer de guardá-las? Restando-me apenas rasgar e jogá-las na correnteza de um rio! Quantas vezes eu amei os teus olhos negros Ezequiel! Que insistiram em permanecer em mim, através da janela das minhas lembranças, dos beijos às escondidas ouvindo o culto atrás da casa, porque na crença de seus pais o meu cabelo era curto e isso jamais me deixaria entrar no céu! Foi também por esta mesma janela que eu recordo as românticas canções do rei que apaixonados dançamos ao luar. Imagino as águas transparente dos rios, lagos e represas, enfeitadas por lírios brancos, onde muitas e muitas vezes banhamos os nossos corpos! O passado distante me vem tão nítido e claro que chego a sentir o perfume das flores que enfeitavam o nosso lago preferido, com as borboletas multicores a sobrevoarem sobre os lírios brancos. Há Jose! Quantos Jose, quanta saudade dos teus olhos verdes, negros, e azuis e que foi um Jose que me casei. Viajo nas lembranças dos filmes nos embalos, da noite da chuva que refrescou nossos abraços e beijos quentes, quase passando do limite! Quantas e quantas vezes debaixo do mesmo luar e sobre o brilho intenso das estrelas e que juntos nós contemplamos em plena natureza o desenrolar ardente do nosso amor. Quantos sonhos, lembranças e saudade dos passeios de mãos dadas, das canções e serenatas constantes e que de tanta emoção ao ouvir perfídia até me fazia passar mal, não podendo nem mesmo abrir a janela, em agradecimento e lhe dar um beijo de amor. Não somente foram, seis, sete, oito vezes que perdidamente eu amei...Em todos esses e outros nomes!Em todo esse tempo que passou embora sabendo que ninguém, me amou e que nenhum amor deste seria meu pra sempre, pois ninguém e de ninguém; Porém ouve alguém que por mim passou feito um vendaval deixando fortes marcas no meu peito em cada lágrima que chorei também foi por ''ele'' o pranto que eu derramei, embora fosse o meu amor, ele foi o meu melhor amigo que o mundo real me deu. Sei que as histórias no meu coração se repetem elas chegam e não pedem licença simplesmente entram e habitam e nos meus sentimentos se fazem hospedes me proporcionando o amor, e a felicidade, mas com a mesma rapidez e intensidade, elas se vão sem me dar explicação me deixando somente a cicatriz o sofrimento, perda e dor, mas em contra partida em meu raciocínio deixo a razão comandar assim me vem também o consolo. Sei que nos formamos na vida ela e a nossa escola e só através dos sofrimentos e das perdas e que adquirimos o aprendizado, e eu tive um tempo suficiente pra saber que aprendi, com cada amor que por mim passou eu adquiri uma ''lição diferente,'' aprendi porque os amei, cada um a minha maneira, dei a cada um o melhor , e aos demais que passaram por mim, fingindo e dizendo querer me amar, verdadeiramente os amei, porque não sei receber sem me doar, sem amar, foi amor da minha parte , pois o menor gesto que eu venha a fazer nunca foi e nunca será pela metade, mas se quer saber você que passou tão rápido parecendo um cometa eu sempre te amei, ainda te amo e sempre vou te amar, embora tenha apagado por tantas vezes as minhas lembranças rápidas em ti até mesmo o meu poema que eu ti fiz, fizeste a delicadeza de apagar no teu perfil, mesmo assim continuarei a espera de outro hospedeiro no meu coração, buscarei a minha alma gêmea com aquele mesmo brilho que eu vi no fundo dos teus olhos verdes’’. Porque um limão maduro ou até mesmo podre podem ainda as suas sementes serem úteis, e dar uma nova plantação, podendo render novos e muitos sucos, manjares, doces e frutos.

Marlucia Divina da Silva
Enviado por Marlucia Divina da Silva em 30/01/2012
Reeditado em 01/07/2019
Código do texto: T3470289
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