Quando a vida quer unir duas pessoas

Quando a vida quer unir duas pessoas

As maçãs do rosto tinham contorno suave, a boca era delicada, tão bem delineada, um desenho simétrico e belo seu rosto, e a sua alegria contagiante emanava um brilho lunar. Fitei-a intensamente, desviei o olhar voltando minha atenção para o caixa, pois logo chegaria a minha vez... Mas o brilho de seu sorriso seguiu iluminando minha noite enquanto segui meu caminho.

No caminho, retornando a minha casa encontrei uma jovem que havia conhecido uma vez, mas só a reconheci quando ela falou, estava muito diferente, pálida e muito magra com grandes olheiras, deu um aperto no peito vendo naquele lastimável estado, ela depois de me cumprimentar pediu uns trocados, e foi sincera dizendo: só preciso da uns *pega.

Moça jovem de uns vinte e três anos, já fora bonita com rosto esplêndido e corpo escultural, hoje era só pele e osso, cabelos opacos, praticamente na sarjeta, implorando ou se vendendo por cinco ou dez reais pra consumir a morte, sua droga da qual necessitava; talvez nem a família lhe quisesse, seu filho jogado aos cuidados da avó, enquanto ela dia-a-dia buscava desesperadamente a morte. Eu lhe falei que não tinha mais dinheiro, o gastei nas compras, mas podia deixar algo pra ela comer se ela quisesse.

Disse ela rispidamente e meio furiosa: - não preciso comer e sim fumaaarr!! Eu to desesperada por uns “pega”.

Aquele ser esquelético falou quase sem voz audível tamanha sua fraqueza. Me veio a lembrança a moça linda que vislumbrei no mercado, duas mulheres tão parecidas, e ao mesmo tempo tão diferentes, praticamente a mesma idade, num contraste desigual; uma tão alegre, cheia de vida e brilho, outra apagada, olhos tristes buscando a morte, para muitos sem chance de sobreviver ao vicio. Lembrei também de mim.

Contive as lágrimas, fitei a jovem com indefinível tristeza e comoção, já foi mãe, toda vida pela frente, tão jovem num estado deprimente. Então ouvi uma voz dizendo:

- Ela sofre, quer se libertar, mas não consegue, sente saudade do filho, a mãe a abandonou e assim essa jovem mais se enterrou no vicio. Ela só precisa de ajuda!

-Como poderei ajudar? Respondi em pensamento.

-Converse, abrace e diga que ela pode viver, que a vida quer dar a ela uma oportunidade de ser feliz, pode se libertar, basta querer. Disse-me a voz.

Eu perguntei a jovem;

- Não gostaria de ser livre, parar de usar e viver de verdade?

A jovem fitou-me num misto de seriedade e tristeza, olhando-me dos pés a cabeça falou:

- já nos conhecemos, trabalhamos juntos, porém nunca conversamos. Sabe que já fui muito bonita e desejada, hoje sou o que você vê um resto de uma bela mulher, pensava não faria mal um baseado as vezes, que não me viciaria, nos fim de semana umas cervejas com amigos e marido, ele não sabia que eu fumava maconha e vez por outra cheirava cocaína, até que um dia cheirei demais e quase tive uma overdose, ele me levou ao médico, salvou-me e abandonou-me, pois descobriu onde ia o dinheiro que ganhava trabalhando que muitas vezes eu mentia que havia sido roubada. Na hora senti-me aliviada poderia fazer o que quiser, voltaria pra casa de minha mãe e trabalharia pra minha cerveja e meu baseado e vez por outra um **carreiro, sem preocupação com nada, sem lavar roupa ou limpar casa; no entanto ele levou nosso filho e quando dei por conta tentei de todas as maneiras tê-lo de volta por causa do Artur, disse que mudaria não iria mais usar nem mentir. Ele disse: -“ Não da mais, pois a confiança é como cristal depois que quebra não se recupera.” Fiquei abalada, tentei mais duas ou três vezes em vão, foi então que um “amigo” querendo me consolar me ofereceu um cachimbo, não sabia o que era e a tristeza não me deixou pensar, peguei e fumei e logo quis mais e o amigo me deu outro, como faminta fumei e senti-me em êxtase, no momento esqueci meus problemas, mãe, emprego e filho que perdi. Passados uns dias precisei fumar de novo busquei meu amigo pra ver se ele me dava mais um, ele disse: “– Vendo, dez reais!” Fui pra casa desesperada, necessitava muito dar uns pegas, disse pra mim mesma, “só dessa vez”. Não tinha dinheiro, achei a bolsa de minha mãe, tinha duzentos reais que ela guardou pra pagar o aluguel, peguei voltei comprei cinqüenta reais em ***pedra, comprei umas cervejas, fui a um mato beber e fumar...

A jovem começava a lacrimejar e num esforço incomum querendo aparentar uma força que não tinha, tentou conter as lágrimas. Falou-me por meia hora de tudo que até ali havia passado, então já sem forças pra conter o pranto abraçou-me dizendo:

Sinto falta do meu filho, e de minha mãe também, mas ela não me quer assim e não pode me ajudar, não posso ver meu filho a não ser de longe, queria abraçar ele, fazer um carinho, beijá-lo. Porque a vida é assim, tão ingrata, porque Deus não me ajuda? Os cristãos passam por mim, me olham como com nojo, parece que sou pesteada, não me ajudam, só me descriminam, não quem me ajude, preciso me prostituir por cinco ou dez reais pra fumar; não quero mas não consigo ficar sem e sem ajuda só me resta me ser prostituta pra fumar. E você me pergunta se eu gostaria de parar e viver? Nem sei mais que é viver, há tempos tenho sobrevivido com migalhas de comida me vendendo pra fumar. EU NÃO CONSIGO PARAR, QUERO, MAS NÃO CONSIGO!

Essa cena comovente, da jovem chorando dizendo que desejava parar, ver, abraçar e beijar seu filho, me doeu a ponto de meu coração chorar. As palavras da jovem reclamando de Deus e da vida fizeram-me lhe dizer algo que me doeu, mas senti ser necessário.

- Somos responsáveis por tudo que nos acontece. A vida não é ingrata, ela é sabia e sabe o que faz, ela te deu tudo que você pediu, tudo que você buscou, o que está vivendo hoje é conseqüência de suas escolhas e decisões, tudo que você plantou você colheu. Você não é uma vitima da sociedade nem das circunstancias. É vitima de você mesma, de suas escolhas erradas, de sua fraqueza frente aos obstáculos que lhe foi imposto, buscou uma felicidade instantânea, uma solução rápida pros seus problemas e, no entanto aumentou. Isso, porém não justifica que alguns lhe virem a cara no lugar de lhe ajudar. E Deus? Ele te ajuda e quer te ajudar, te ver livre, mas ele não pode fazer as coisas por você, ele como eu pode lhe mostrar o caminho e como fazer, mas cabe a você querer se ajudar e melhorar, se libertar, o poder de liberdade está em suas mãos. Em sua atual situação, talvez seja necessário uma internação em uma fazenda pra desintoxicar, mas isso é o mais fácil e não basta, terá que querer realmente, seu desejo de mudança e reabilitação é fundamental, essencial para sua vitória, será preciso fazer mudanças interior, de pensamentos e não só desintoxicar o corpo, mas também a mente e o espírito, trabalhar sua emoção, este é um processo árduo e lento, mas de grande eficácia e o resultado traz saúde, rejuvenescimento e uma alegria contagiante...

-Como me internar? Não tenho dinheiro pro pão, que dirá pra uma internação? Perguntou a jovem se recompondo.

-Isso posso conseguir pra você, tenho um amigo que dirige uma fazenda, só pede uma cesta básica por mês em casos como o seu, eu mensalmente recebo um bom rancho onde trabalho, doarei a ele para que assim possa ter sua internação, ainda me comprometo em levar material de higiene feminina pra você. Apenas terá um preço.

-Sabia que não seria de graça, ninguém faz nada de graça, só pra ajudar. Disse a jovem.

- Certamente nada é de graça, e o que nos dão não valorizamos, por isso deve tudo haver um preço mesmo que simbólico. E por mais que não percebamos tudo tem um preço. As pessoas fazem algo só pra ajudar, esse meu amigo por exemplo dirige essa fazenda, mas tem seu trabalho onde ganha o seu sustento, a fazenda a mantida com doação para os internos, pois ele ainda não tem condições de custeá-la. O preço que pagará não é monetário, é simplesmente se doar ao tratamento, e na limpeza da casa e outras tarefas ajudar. Afirmei a ela.

Ah como queria me internar e conseguir de fato ser livre, ter o carinho do meu filho e quem sabe conhecer de verdade um amor, mas não consigo, eu não tenho solução. Disse a jovem com um brilho de esperança no olhar e tristeza.

Realmente pra ela e muitos jovens viciados em crack é difícil a recuperação, porém não existe caso sem solução, todo ser humano tratado com amor e dignidade pode ter outra oportunidade de viver melhor, pra isso ele precisa querer, confiar em si e esquecer, não pensar nos rótulos que a sociedade lhe colocou, aliás, são esses rótulos que mais dificultam a recuperação de um viciado. Libertar-se do vicio até não é difícil, entretanto se tornar livre em seu interior, livrar-se do grilhões emocionais criados em si pelo próprio viciado em conseqüência da depressão pós uso, da destruição da sua mente causada pela droga, junto com os rótulos que a sociedade lhe impõe como: fracassado, delinqüente, sem vergonha, farrapo humano, entre outros tantos dificulta e muito a recuperação; não basta livrar o ser da dependência é fundamental dar-lhe ferramentas para que possa superar o cárcere da emoção, este sim é a maior prisão humana.

Olhei a jovem e fui me afastando, pois seu interesse em se recuperar pareceu-me ter-se dissipado.

Ela então confusa segurou meu braço e disse:

-Não ia me ajudar e até conseguir pra mim uma internação?

-Sim com muito prazer se você assim desejar. Mas me parece que é mais forte em você o comodismo e sua auto-punição, sua auto-rejeição de que sua vontade de se recuperar e melhorar, acredita mais nos outros que em si mesma, prefere ser inútil a lutar. Respondi sério, querendo que ela entendesse que o ponto fundamental para sua liberdade estava nela mesma.

Aquela jovem sentia pena de si, já não tinha muita vontade de viver, de encontrar a felicidade e a liberdade. Quanto ao amor desacreditava que existia, por sua própria experiência e as que ouvia dos homens com quem se deitava em troca de uns trocados para o consumo de sua pedra; muitos dos quais nem queriam relacionar-se sexualmente, apenas conversar, queriam ser que lhe escutassem um pouco e não ficassem só lhe criticando,mas havia nela algo maior que tudo isso, o amor por seu filho e o desejo sincero de beijá-lo, tê-lo em seus braços, e esse amor a motivou a erguer a cabeça e dizer com voz chorosa:

-Eu desejo e muito melhorar e do vicio me livrar, não só isso, também quero encontrar um meio de afastar de mim o comodismo e a auto-punição que você falou, voltar a trabalhar para poder recuperar meu filho.

- Ok, então amanhã as 13:00 horas me encontra encontre em frente ao mercado Flores, estarei esperando com um amigo de carro pra lhe levar a esta fazenda que mencionei. Falei firme e até um pouco emocionado.

No outro dia no horário combinado Pablo estava no mercado Flores esperando a jovem Juliana, ao marcar dez pras treze ela apareceu, aparentemente sóbria e banho tomado como a tempos não se via, cumprimentaram-se e partiram rumo a fazenda Nova Vida, uma fazenda de tratamento de mulheres dependentes sem religião, baseada no legado de A.A., com espiritualidade, mas sem religião. A qual ensinava que ali era só um passo, pois a verdadeira libertação e recuperação estava dentro de cada um, na rua, no dia-a-dia, enfrentando a vida com sobriedade e sabedoria, assumindo seus erros e suas responsabilidades, aceitando que tudo acontece por culpa e escolha nossa.

Em quarenta minutos chegaram a fazenda que se localizava no interior de uma cidade vizinha, entraram e foram ao escritório da mesma tratar da internação de Juliana. Foram conversando e caminhando lentamente, porém Juliana nem prestou muita atenção a conversa, estava absorta com a beleza do lugar, jamais havia visto lugar tão belo, era a primeira vez em anos que se aproximava da natureza e sentia seu ar revigorante. Chegaram ao escritório onde Alex um rapaz de 23 anos alto, cabelos castanhos bem cortados, olhos cor de mel, pele bronzeada pelo sol nem magro nem musculoso, atendeu-os com carinho e esmero:

-Que bom vê-los! Como vai amigo Pablo? Essa é sua jovem amiga de quem me falou?

- Sim é ela meu amigo. Estou melhorando e aprendendo dia-a-dia. E você? Como estão as doações pra fazenda? Tornou Pablo.

- Estou bem, e feliz por vê-lo forte e prospero, principalmente que tenhas realizado uns de seus sonhos, que esteja melhorando e conquistando sabedoria e alegria. Só falta casar! Disse Alex sorrindo.

-No tempo certo, sei que a vida me aproximará da pessoa com quem compartilharei a vida, os sonhos e muita alegria, quem poderei dar muito amor e carinho, e que juntos somaremos um ao outro. Respondeu alegre Pablo.

-Com certeza amigo tudo tem seu tempo. Devemos nos melhorar, fazermos o melhor por nós, colocando nossos desejos nas mãos de Deus que no tempo teremos o que almejamos. E quanto a você Juliana, seja muito bem vinda em nosso lar, lhe mostraremos o caminho e lhe daremos as ferramentas para que possas alcançar seu objetivo de se libertar e melhorar, mas é você quem o fará, pois tudo depende de você, tanto o sucesso ou fracasso de sua estadia aqui depende de você. Disse Alex.

-Quero recuperar minha vida e meu filho e farei o possível pra isso, já entendi como Pablo falou que tudo são escolhas e conseqüências e que devo melhorar interiormente, mudar minha mente, minha vida, não só parar de usar. Obrigada Alex. Agradeceu timidamente Juliana.

-Com certeza Juliana. Sinto que terás êxito em sua jornada pois tens uma boa motivação, fazer por você e por seu filho. Externou sua convicção Alex, convidando-os para dar uma volta pela fazenda para conhecê-la, era dia de visitas na fazenda e havia muitos amigos e familiares das internas.

-Vamos conhecer a fazenda? Lhe apresentarei as monitoras, as responsáveis por lhe ajudar, pois estarei sempre no escritório, como se trata de uma fazenda feminina, também poderei lhe apresentar as outras internas e já poderá fazer boas amizades.

Pablo e Alex foram conversando animadamente, enquanto Juliana acompanhava extasiada com a beleza do lugar e a alegria das famílias e amigos reunidos envolta das residentes e o pensamento em sua vida, o que passou, o que aconteceria dali pra frente e em seu filho, logo o rosto de seu filho Artur veio a mente, sorriu disfarçadamente. Logo a frente avistaram duas jovens conversando alegres, eram Andréia e Aline. Já era o oitavo mês de internação de Andréia e logo sairia, e esse pensamento lhe fazia sorrir e fazer planos para sua volta a vida lá fora, Aline sua irmã mais nova, acarinhava sua mão dizendo:

-Logo estará aproveitando sua vida, conseguirá um emprego bom e assim poderá por em prática o que aprendeu e readquirir o que perdeu, e eu sempre estarei ao seu lado e te ajudarei no que for preciso, veja vem Alex com algumas pessoas, vamos cumprimentá-los?

-Sim minha irmã. Agora posso dizer que tenho vida, e sei o que é alegria, graças a ajuda desses amigos, de Deus e a sua, e lá fora com um bom emprego, vou reconquistar o tudo, e juntas vamos de verdade aproveitar a vida, indo a praia, cinema, pizzaria, enfim...Longe sempre de drogas, quero viver e não morrer nem só sobreviver. Disse Andréia.

Aproximou-se Alex cumprimentando-as fez as apresentações:

-Ola! Andréia quero que conheça a nossa amiga Juliana, ela começa hoje a fazer parte da nossa família buscando vida e nesse seu último mês você a ajudará com o que aprendeu. E esse aqui é meu amigo Pablo que havia falado a você, aquele que escreveu um livro e boa parte da renda foi destinada a nossa fazenda.

-Pablo essa é Andréia que logo nos deixará pra recomeçar sua vida, e aquela loira ao lado dela é Aline irmã dela, a única que a vem visitar desde que foi internada aqui por seus pais, estes por sua vez ao descobrir que a filha amada usava drogas e até se prostituía pra comprar drogas abandonaram-na.

Aline estendeu as mãos cumprimentando Pablo disse:

-Prazer, não nos conhecemos de algum lugar? Ah obrigada! O fato de doar parte da renda de seus livros à fazenda ajudou muitas meninas, assim como minha irmã. Livro este que por sinal é muito bom, parabéns.

-Prazer e muito obrigada por tudo, suas palavras em suas palestras ajudaram muito. Afirmou Andréia com leve sorriso.

Juliana então sorrindo timidamente as cumprimentou dizendo:

-Muito prazer! Temos algo em comum Andréia, mas você sua irmã vem vê-la, eu não terei ninguém pra me visitar, porém vencerei por mim e por meu filho.

Então Pablo emocionado,segurando as lágrimas falou:

-O prazer é todo meu Andréia e Aline. Duas belas moças por sinal. Quanto a doação que fiz, não foi mais que minha obrigação, sendo que um dia fui dependente também, Andréia você logo conseguirá um bom emprego e colocando em prática seu aprendizado em pouco tempo será gerente, e ainda terá seu próprio negócio, pois, tens potencial, aprende rápido e és inteligente. Aline, linda moça do Big, não nos conhecemos, apenas uma vez nos vimos, mas seu rosto belo, seu sorriso de lua, seu corpo escultural, o brilho de seus olhos e seus cabelos cheios de vida, permaneceram em minha mente de forma gostosa inexplicavelmente. Posso afirmar com certeza estou encantado e se me permitir lhe conhecer melhor, quem sabe possa amar você e ser seu amigo, confidente, parceiro e se a vida nos permitir e nós também possamos escrever uma bela história.

Olhando para Juliana Pablo disse sério:

Que babozeira é essa de que ninguém a visitará? Acaso sou ninguém? E outra conforme seu progresso trarei uma pessoinha pra lhe ver.

Juliana emocionada não conteve as lágrimas, abraçou o amigo e chorou copiosamente. Andréia aproximou-se e abraçou também dizendo que a ajudaria no possível enquanto estivesse ali, e quando saísse sempre voltaria para lhe visitar, então foi a vez de Aline abraçar Juliana e dizer:

-Eu também sempre virei lhe visitar, não ficará nunca sem visita. E se este belo cavalheiro de fala mansa, falando bonito, com corpo musculoso, lindo rosto acompanharei ele sempre, só precisamos arrumar esse cabelo né seu Pablo?!

Todos riram. Pablo e Aline deram as mãos, se olharam por instantes, abraçaram-se, seus olhos brilhando falaram a língua que poucos entendem, mas Alex entendeu e disse olhando para Juliana e Andréia:

-Vamos Andréia mostrar nosso lar a Juliana? E quanto a você Pablo, que este brilho se prolongue por sua existência, e que nenhuma turbulência os impeça de descobrir novas possibilidades, Aline lembre-se use a derrota pra alcançar o pódio, e que possam juntos alcançar o mais alto pódio do amor.

Pablo e Aline se beijaram apaixonadamente e depois sorriram um ao outro acompanhando com os olhos os três se afastando pela fazenda.

Quando a vida quer unir duas pessoas, o mundo se torna muito pequeno.

Delei Tonoli

24 de setembro de 20014