Tudo começou em uma tarde de domingo fria e muito chuvosa. Eu estava em sentada no meu sofá de camurça e senti um forte desejo de comer um bombom, eles são deliciosos e na minha casa isso nunca falta. Levantei me depressa, jogando violentamente contra a parede as cobertas que me aqueciam naquela tarde fria, em um grande salto eu já estava de pé.


Na cozinha senti um forte dor de cabeça que me fez soltar um grande grito e ficar de joelhos prostrados no chão por alguns minutos. Quando percebi que a dor não ia embora fui me arrastando pelo chão até alcançar a minha cama, depois de muito esforço eu me deitei, em segundo adormeci fortemente.

De repente saltei me novamente sentando apressadamente na cama, a dor já tinha desaparecido, o que me assustara agora foi o barulho irritante do telefone, levantei e fui atender.


A notícia chegou doce como o mel, a voz do outro lado me disse:
- Amor estou chegando e quero te tê-la em meus braços, te aquecer com a chama do amor que arde em meu peito.

Nosso amor é tão grande que se transforma em uma chama flamejante capaz de consumir o mundo. Meu marido, meu amor meu tudo...
Vou tomar um banho, pôr a minha camisola preta de rendinha, ele adora coisas com rendas, aí vou aguarda-lo deitada em minha cama, ele chegará em breve e eu sentirei sua mão subindo lentamente por minhas pernas quentes e lisas, o gelo dessas mãos geladas desaparecerão em instante e nosso amor arderá em chamas flamejantes.

A noite vai ser tão maravilhosa que já vou avisar que não irei trabalhar amanhã, pois quero servir café na cama para meu doce e amável marido. A minha chefe me entende bem, pois ela sabe que sou de opinião formada, quando digo uma coisa não volto atrás de maneira alguma, as vezes sinto que em minha vida é tudo difícil, cada passo para frente são dois passos para trás.
Ouvi a porta se abrindo é meu marido chegando, já posso sentir o cheiro de seu perfume, o engraçado é que não me lembro de ter casada e nem da primeira noite junto a ele, talvez isso seja o amor, a sensação de ser a primeira vez toda vez que se encontra.
Ele entrou, passou pela porta, veio em direção do meu quarto. Bem devagarinho foi me, eu me arrepiei toda, meu corpo começou a esquentar ainda mais.
De repente ele se levantou e começou a caminhar pelo quarto, não dizia nada, queria tanto ouvir ele dizendo que me ama. Ele usava uma roupa tão branca que combinava com a sua pele branquinha e delicada.
Aos poucos ele foi se afastando de mim, eu ardendo nas chamas do amor dei um salto sobre ele.
Ele começou a gritar e logo surgiram várias pessoas de branco e diziam: - Ela acordou, ela acordou o tratamento fez efeito, chamem os familiares. O doce dos lábios dele era tão acentuado que senti como um mel escorrendo pela minha boca e caindo lentamente pelos cantinhos dos lábios.
Ufa!! Que saco tenho que ir trabalhar. Essa chefe é o HÓÓÓÓÓ´
FIM