O Guerreiro / A Guerreira
O Guerreiro
O guerreiro é um arqueiro
É ligeiro, mas é nobre
Com a espada, em seu cavalo sobe
Pelas montanhas, no nevoeiro...
A calmaria chegou
Com um suave vento
Porque quando me olhou
O amor desde então, contemplo
Que fazes de mim?
Aqui eu sou pobre alma
Olhando assim
Claro que me acalma
Que felicidade
E que bondade
Compartilhar a tua serenidade
Entendendo minha fragilidade!
Do teu lado, a poesia
Que soa como doce silvo
Isso traz harmonia
O amor está sempre vivo!
Acendes a chama
Até no mais fundo abismo
Pois a ternura inflama
Afugenta o inimigo
Tocas minha emoção
Sem ferir-me a tua lança
Guerreiro da escuridão
Em ti deposito a confiança
Nobreza há em teus passos
Foges da ingratidão
A força de teus braços
Vem do teu coração
Cavalgando és cavaleiro
Buscas o mundo lá fora
Para mim, um cavalheiro
Elegante a qualquer hora
Honras tua consciência
Para ti o prazer é lutar
Mas a tua independência
Não resiste à brandura do olhar
O que vale mais: a tua sabedoria
Ou a tua rebeldia?
Se as duas te trouxerem alegria
Não as troques por qualquer companhia
Como águia que pousa serena
Tu repousas em minha alma pequena
Leva contigo o meu lenço
E lembra de mim em teu silêncio
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A Guerreira
A guerreira tem alma de menina
Seu caminhar é pensado
É serena e cristalina
E o pensamento é lapidado
Às vezes, seu cavalo é alado
Sua armadura é o coração fechado
Para não ser flechado
Seu arco e flecha é mais aguçado
Nas batalhas duras da vida
Ela é líder e comandante
A batalha é vencida
Com seu olhar confiante
Pode esconder de quem ela é amante
Seus olhos de ave de rapina
Captam de longe o viajante
A águia faz morada em sua retina
Nos castelos medievais
Ela se faz princesa
Com honras sacerdotais
Mas humildade é sua grandeza
Suas grandes armas escondidas
Estão nas mãos e no plexo solar
As florestas estão abastecidas
E com portas secretas para ela passar
As flores querem vestir-se como ela
Pedir um manto emprestado
Ela é uma linda donzela
Que espera um príncipe encantado
A noite chega e o dia termina
Em seu quarto a luz acesa
Lá fora o vaga-lume ilumina
E a lua quer um pouco de sua beleza
Na janela fecha a cortina
E, em sonho,
O encontro com a natureza
Sábia guerreira
Sabe lutar sem temer
Sua fé é verdadeira
Da magia faz o seu viver