Brincadeira de menino e menina

Olharam-se nos olhos puros de menino e menina. Ele despertando o homem que já se formava em hormônios, ela ainda muito pura em corpo e alma, mas com uns sintomas "esquisitos" que não conseguia nomeá-los. Continuaram olhando-se de modo saudável sem entender o que estava acontecendo. Exalavam em seus corpos, sensações nunca sentidas, mas mesmo assim seguiram brincando sem pressa de querer saber o que era aquilo. A cada momento que se passava, queriam correr para isolar-se um do outro talvez por medo, por "esquesitice".

Procuraram ocultá-la ante os olhares sedentos, exalada em forma de flor e despetalada em gestos de desejos. Seus olhares cruzaram-se desconcertantes. Continuaram se olhando, estáticos e esperaram compreender que ali inocência e pureza fossem também despetaladas na pele, reveladas em segredos através dos doces sorrisos. Brincaram de "menino e "menina", de forma tão inerente e condizente que seus sentidos revelaram-se em atitudes e gestos simples; que somente suas almas é que decifraram o código da comunicação...ainda que palavra nenhuma sequer fosse balbuciada.

DI MATOS
Enviado por DI MATOS em 27/01/2012
Reeditado em 07/07/2016
Código do texto: T3464705
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