O drama circense

O palhaço então colocou a roupa,

Maquiou-se e repetiu várias vezes algumas citações.

Disse a si mesmo que poderia,

Pois era fácil para ele arrancar gargalhadas do público.

Foi caminhando em direção do palco e repentinamente parou...

– Para quê arrancar gargalhadas

Se nem ao menos arranco o meu próprio riso.

Se busco incessantemente a graça e ela me escapa.

Para quê se iludir ao ver os risos dos outros

Se meu próprio riso é mudo. –

Pensou, e caminhou para o outro lado,

O lado contrário do palco.

Numa imagem esdrúxula o palhaço sai do circo

E andou pela rua, triste!

– Se não consigo ser feliz ou dar risadas,

Como vou fazer os outros felizes,

Como vou arrancar delírios...

Palhaço estúpido! –

Grégori Augustus Reis
Enviado por Grégori Augustus Reis em 13/05/2009
Código do texto: T1591934
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