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As palavras de sua mãe ecoou em sua cabeças por dias após discussão. Ambos mantinham personalidades fortes. Suas palavras, sua feição facial e olhar de cobrança soavam à ditadura. Jack sempre quis agradar à todos, ganhar o devido respeito que merecia, e por querer agradar à todos era o mais criticado e depreciado pelos seus próximos. Chegou a conclusão de que tudo que fizera até alguns dias atrás, não valeu de nada. Seu esforço por conquistar seus diplomas parecia agora um ato de vadiagem. Jack era mal compreendido por todos. Porra! A partir daquele momento era tudo ou nada. Ele se preparava para sua prova final do processo de classificação do mestrado. Mas tudo que ele via nos olhos dos seus pais era a desconfiança gerada após momentos de aflição e angustia. Sua mãe talvez nunca fosse capaz de ler seus contos ou poesia, pois sempre esteve muito ocupada com suas tarefas diárias. Sua mãe talvez nunca foi capaz de compreender Jackboy por ele ser uma criança diferente das outras desde pequeno, sua mãe nunca foi capaz de compreender suas diferenças. Ela sempre cobrou do pequeno jackboy ações que o encachava nos padrões da sociedade, mas jackboy nunca fez parte destes padrões. As brigas quando pequeno eram por ele não ter lavado a louça ou varrido a casa ou por não ter cuidado bem da sua irmã ou por não ter conseguido avançar para o terceiro ano primário ou por não ter cortado a grama ou feito uma limpeza bem feita no carro. Uma infância pesadelo eu diria, sua mãe não fazia ideia do peso que ela creditava nas costas do jackboy. Jack desde pequeno não suportava cobranças, ele aprendeu a se revoltar com cobranças. E na medida que cobravam por suas ações, condutas ou maneira de se portar ou comportar, seria como ativar o botão da rebeldia de Jack. Após amadurecer Jack não suportava conviver com seus pais. Sentia-se preso, sufocado ou mergulhado em cobranças e mais cobranças. Por duas vezes Jack viu oportunidade de zarpar desta zona de perigo, e foi o que fez sem pensar duas vezes. Acontece que o seu sonho era manter-se sozinho sem ajuda de custos, realizar os seus projetos que angariavam desde sucesso profissional ao emocional. Seus sonhos não eram tortos sua vida apenas era desregrada. Mas para tudo jack mantinha um propósito, e não seria sua mãe que o sufocaria aos poucos com a pressão de um oceano inteiro sobre seus ombros. Jack amava sua mãe, mas ela o sufocava. Ela não via ou não queria ver que sua super proteção os manteria longe um do outro até o final dos dias que ainda restavam para ambos.

--- oii...

--- onde você está? --- grita ao telefone a cobrança de sempre.

--- estou na vizinha.

--- venha já pra casa seu irresponsável, deixou tudo aberto aqui, já é tarde.

--- calma, eu já vou.

--- o que está fazendo aí? venha já pra casa entendeu! --- desliga o telefone em sinal de revolta, Jack tinha 26 anos e era considerado um adulto infantilizado. Ele não queria se envolver com família, esposa ou filhos. Se para o resto da vida tivesse que tratar alguém daquela forma ou ser tratado daquele jeito, preferia morrer irresponsável. Jack retorna a ditadura de sua mãe e permanece trancado em seu quarto por dois dias afio.

Jack Solares
Enviado por Jack Solares em 27/05/2018
Reeditado em 14/05/2019
Código do texto: T6347923
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