NOITE DE FELICIDADE

NOITE DE FELICIDADE

A noite estava bastante fria, frio também ficou meu coração, ao compreender que ela estava zangada comigo, talvez por ciúme, ela partia meu coração. Estava assustado, durante o dia só tive dissabores. Já tinha explicado todo o ocorrido, porém ela com seus inúmeros argumentos, rebatia os meus deixando-me cada vez mais triste, não por achar que tinha perdido a contenda, mas por saber que o meu romance com ela estava por um triz. Entrei no quarto tremendo de frio, fui direto ao banheiro, a quentura da água serviria para aquecer o meu corpo, enquanto dava asas à imaginação. Nos últimos tempos, tivemos uma ótima relação. Ela é pra mim a mais linda criatura que meu olhos já viram (isso é música), mas ela faz lembrar essa música, porque é linda. Por que tudo que se relaciona com ela soa como música? Divagando sobre o meu caso de amor, peguei uma garrafa de “Ferreirinha” (pra mim o melhor vinho do Porto), despejei num copo duplo, pois queria me agasalhar por dentro também. Bebi o vinho quase todo e deitei, continuando com minhas divagações.

Quando ela entrou, encontrou uma temperatura acima de 20 graus aproximadamente, começou então a tirar a roupa, vestiu a camisola vermelha. Deitou-se enfiando debaixo do cobertor, trançando suas pernas nuas com as minhas. Neste momento, ela se sentia segura, porém terna. Eu pedi quase sem jeito:

- Aqueça meus pés que estão gelados. Eles precisam do seus ao meu lado.

Meus olhos pousando nela, pesquisavam a sua atitude pois queria saber se ainda estava zangada comigo, devido os últimos acontecimentos. Sua boca aguardando os meus beijos, só eu não sabia. Começou a encostar-se mais e mais, aproveitando a quentura que nossos corpos emitiam. Eu queria os meus lábios juntos ao seus. Queria sentir o sabor de sua boca, para numa atitude louca apertar cada vez mais o seu corpo contra o meu. Não pude me conter, um doce turbilhão de pensamentos, iniciei a nossa noite de amor.

- Meu bem, quero ser perdoado.

Não queria saber nada da desentendimentos que tivemos. Silenciosamente meus braços começou a envolve-la, apertando com doçura o seu corpo. Pernas enlaçadas, bocas coladas, línguas num bailado entre si, era um tremendo frenesi. Nada falamos, só se ouvia o som de amantes fazendo amor. Grunhidos, sussurros, gritos, urros, cama balançando, som de beijos. Esse é som que se fez ouvir dentro desses quarentas minutos de amor. Meu corpo feito sob medida ao seu, um encaixe perfeito, nosso leito perfeito para acomodar-nos. Mistura de essências que se combinam, nossos corpos suavam apesar da noite fria lá fora, exalavam um cheiro suave de amor, de um verdadeiro amor. Oh! Como é doce a languidez!!! Corpos suados, corpos saciados – eu queria falar tanto dessa noite de amor, entretanto, não sei como começar.

tancredo
Enviado por tancredo em 27/10/2005
Código do texto: T64150