(33)A Prole (A Saga...)

"Tio ZéAugusto" tinha localizado o sobrinho Cnstâncio na Renascença e também se mudou pra lá na esperança de empregar alguns dos dez filhos na fábrica. Conseguir uma casinha daquelas no "pombal" ficou cada vez mais difícil,entãoTio ZeAugusto e a família foram morar no “lado A” do bairro,porem numa casa modesta de fundos, de construção mais antiga.

Heleninha uma de suas cinco filhas ficou muito amiga de Fabiana e ajjudava muito a mulher do primo,na criação das crianças. Praticamente morava com eles. Fabiana volta e meia dava a ela, um vestido,um chinelinho novo, presentinhos modestos. Dinheiro Heleninha não aceitava,dizia que fazia aquilo por prazer.

.O terceiro filho(Rubens), já nasceu na casa nova .

Dª Maria Fel, por força do trabalho,não pode vir e mandou Nazon pra ajudar a “Nega” por ocasião do parto. . Também este parto foi feito por parteira .Fabiana tinha um certo temor de Hospitais e sua mãe tinha uma confiança enorme nas Parteiras. Sempre achou que “nenhum homem faria tão bem este tipo de trabalho, como uma mulher parteira,Onde já se viu? Um homem(médico) ajudar uma mulher a parir? Isso era mesmo coisa de cidade grande”! Dizia ela.

Fabiana era uma mãe amorosa e dividia seu tempo com a maior dedicação, entre os três filhos, o marido e a casa. Levantava-se diariamente por volta das cinco horas da manhã, pra preparar o café do marido que ia pra fábrica cedinho e as mamadeiras dos meninos que só mamavam no peito até os seis meses,pois o leite da mãe”empedrava” e chegava a um ponto que era doloroso pra ela continuar a amamentação.

Anexo à Igreja havia um “Lactário” ,espécie de banco de leite materno,onde as mães mais férteis ,principalmente as operárias,doavam leite depois que desmamavam os filhos, para suprir a falta daquelas que precisavam, por um ou outro motivo. ... Pelo menos durante os primeiros meses de vida dos bebês.Depois era mamadeira...

Quando Fabiana terminava a labuta diária, já era tarde e praticamente hora de dormir,pra recomeçar tudo no dia seguinte.

Os três meninos Betinho,Aécio e Rubinho, ctrsciam fortes e saudáveis para alegria do casal que via neles a realização de seu sonho..

Um casal de Januária,João Inácio e Santinha, havia encontrado Constâncio e trouxe notícias de sua família. Sua irmã Carmem tinha se casado com José Olímpio e já tinha também uma penca de filhos. Sua mãe desiludida de esperar o marido seresteiro, arranjou um outro namorado e dessa união nasceu outra irmã de Constâncio, que não gostava nada de falar desse assunto.Santinha tinha feito curso de Enfermagem, batizou Aécio e tornou-se a Parteira oficial do casal,daí pra frente.Daí a seis meses Fabiana engravidou de novo. Desta vez combinou com o marido que iria para o Cedro pra ter acriança lá

Queria rever sua terra,os irmãos, a mãe e os amigos, além de ter o carinho e a proteção de Dª Maria Fel.

Assim fez. Em outubro partiu para lá com os três meninos junto com Constâncio, que voltou no dia seguinte,por causa do trabalho.

Dª Maria Fel ficou felicíssima em ter em volta da máquina de costura,a filha e os netos, por um período maior que o de suas visitas a B. Horizonte.No final do mês Constâncio chegou lá de licença do trabalho, pra assistir ao nascimento do quarto filho (menino, de novo) Sílvio.Agora tinha pelo menos dois filhos Cedrenses.Betinho e Silvinho. “Oh, meu filho dissa Maria Fel a Constâncio.não vai me arrumar uma netinha não?Só dá varão nessa família?

“Pode deixar, Dª Maria. A gente tava só praticando. Prometo que da próxima vez, será uma menina...se Deus quizer!”disse o genro, piscando um olho para Fabiana,que ria feliz com três no colo enquanto o mais velho, corria pela casa, brincando com o “Sherife”.

Aecio Flávio
Enviado por Aecio Flávio em 09/10/2007
Reeditado em 12/10/2007
Código do texto: T687401