MINHA PRIMEIRA ESCOLA


Sublime missão do educador. Ele forma o cidadão exercendo seu ofício com amor e não mede sacrifício.
São decorridas algumas décadas desde quando adentrei a escola que me ensinou as primeiras letras. Foi algo delirante para mim, pois avidamente eu aguardava por aquele dia.
Foi meu irmão mais velho que me levou, cumprindo a incumbência dada por meus pais. Ali ele fez a minha apresentação à professora Helena, a diretora, que bondosamente me recebeu e fez questão de logo em seguida me mostrar todas as instalações da escola, talvez, creio, para quebrar minha tensão nervosa do momento. Colocou-me bem à vontade naquele ambiente que de agora em diante faria parte do meu dia-a-dia.
Naqueles dias, o prédio da escola estava passando por uma reforma, contudo mesmo assim, a escola não deixou de funcionar em seus três turnos. Depois de tudo pronto, ela ficou realmente muito bonita! Sua pintura era em azul e branco. Estava situada num ponto elevado da cidade e pela sua atraente pintura lhe dava um bom destaque. Mas o seu destaque não era apenas físico, mas também possuía um elevado conceito moral pelo bom ensino e pelo aspecto disciplinar. Só estudava no Educandário J.K. quem realmente estivesse afinado com os princípios morais e disciplinares da escola. Graças a esse quadro estrutural esse educandário foi mantido por muitos anos.
Minha professora especificamente era a Luciana. Muito boa, severa, porém justa. Inicialmente, é natural que eu tenha tido algumas dificuldades, mas depois conseguimos nos interagir satisfatoriamente.
– O sino toca e alguém orienta que os alunos se organizem em fila.
Entrávamos ordenadamente.
Na classe uma professora a nos esperar diz:
– Bom dia crianças! Meu nome é Dulce. Querendo falar comigo pode levantar a mão. Estamos aqui para aprender, por isso prestem atenção.
Todos tinham consciência porque estavam ali. O objetivo principal era aprender e comportar convenientemente.
Outros professores foram passando por mim, à medida que galgávamos novos degraus do aprender, e consequentemente, novas experiências de relacionamentos aprendi. Lembro-me de todos os professores, e do ar severo de cada um. Alguns já grisalhos pelos anos vividos, eram mais pacientes diante das travessuras da meninada e venciam-nas com um sorriso nos lábios!
O saber e o interesse dos professores nos envolviam. O aprendizado era uma emoção todos os dias, mas eram poucos os recursos, pois não havia tecnologia. Tudo era improvisado e feito a mão.
Com nossos professores conhecemos mundos distantes, que alargaram nossos horizontes, entendemos outras linguagens e outras culturas. Aprendemos a ver o mundo mais colorido e daqueles que nos dedicaram seu tempo, só nos resta dizer: Obrigada queridos professores, e também amigos!.
Nessa viagem mágica mergulhávamos no mundo das Ciências e a temida Matemática.Curiosidades a cada instante, mas havia alegria e prazer que nos fazia prosseguir confiante.
O professor de antigamente era bem diferente dos professores de hoje. Havia mais dedicação, ensinava com anseio e responsabilidade para com os filhos alheios.
Quanto a mim, me ensinaram a comportar com os outros meninos e meninas, e seu modo de ensinar abriu-me nos caminhos.
Professora Luciana, bem assim os demais, foi muito bom conhecê-los, pois além de me ensinar, me proporcionou também a compreender os outros e as normas de saber viver. Foi uma batalha eu sei, porém o desafio constante nos conduzia à vitória e dava vontade de continuar.
Ainda hoje vemos que a nossa jornada ainda não chegou ao fim.
Continuamos sendo aprendizes.
Professores, vocês nos ensinaram, vocês nos educaram, compartilharam momentos. Todos vocês foram fantásticos!
Merecem nossa consideração.
Aceitem nossa homenagem.
Vocês estão em nosso coração.

Maria Loussa
Enviado por Maria Loussa em 05/09/2008
Reeditado em 05/09/2008
Código do texto: T1162422
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