Uma coisa chamada amor

E quão solitário eram os campos de batalha,

corpos embebidos de sangue e de morte.

E eu apenas vagava,

ao infinito horizonte que se estendia a minha frente.

Vacilei sobre minhas pernas,

de joelhos me encontrei numa oração final.

A brisa então soprou, jogando meus cabelos para frente,

me cobrindo as vistas.

Senti o aroma adocicado das flores de uma primavera sangrenta.

O meu corpo não mais resistia, porém ele queria apreciar esse último instante.

Dedos percorreram meu ombro, num aperto tão aconchegante,

que todo meu corpo estremeceu.

Não havia coragem em meu corpo que me fizesse olhar de quem viria o toque.

Mas eu sabia...

No meu mais íntimo sentimento, eu sabia...

Todas minhas feridas foram curadas.

Meu suor dissipou.

E meu coração se tornou tão calmo.

Seria a morte que eu menos esperava,

a morte sem dor ou desespero...

Eu morreria, se não fosse vc...

Que me envolveu num abraço

e num beijo tão suave.

Seus lábios me devolveram toda a vida de criança,

e eu sorri, te abraçando, me deixando envolver.

Em todas minhas batalhas,

vivi muitas coisas,

vi muita dor,

conquistei,

e quando perdi, na beira do fim,

descobri algo que devia ter percebido a mais tempo!

Descobri

uma coisa chamada amor...

Viajante Ls
Enviado por Viajante Ls em 01/10/2006
Reeditado em 23/11/2009
Código do texto: T253641
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