A busca infinita da Menina Poeta

...

“A menina poeta agora solta o verbo, e desabrocha como uma flor rudemente suave ao mundo! Veja, veja! Olhe esta menina! Como pode ser tão... tão... suave e rígida ao mesmo tempo? Ora...”

Num tempo rude e tenebroso, esta menina de olhos brilhantes e sorriso singelo e meigo, fez com que a nova força do irradiante pensar alucinante se desfizesse em milhões de pontos luminosos de uma paixão profunda pela vida.

Ora, ora! Vida, Vida!

O pequeno trecho que separa a angústia da felicidade, de tão ínfimo, se faz imperceptível. A irrisória felicidade que sente de tão pouco que ocorre... Ocorre... A ilusória alegria pela ironia de estar na confusão. A falsidade que se faz viva e o despenco na mais grave luta...

“Olhe! Olhe! Saia de si, linda moça! Solte a angústia e faça-a voar como uma águia pela sobrevivência de tão fadada felicidade que se faz no infinito! Deixe que a flor da rigidez do tempo inexoravelmente rústico desabroche e solte a timidez escondida abaixo desse lençol branco que cobre tua bela tez!”

Assim, a pequena menina conhece aquilo que ninguém e todo mundo sabe ser o que não é...

...