micro-contos: TOQUE E AMOR AO TIME
CONTO N° 01
toque
Massageou meus seios rapidamente, sem volupia.
Deslizou suas mãos pela minha barriga, apalpando-a.
Depois introduziu com força seu instrumento gélido e duro em minha vagina, torcendo-o e dando-lhe fortes estocadas, até que eu soltasse pequenos gemidos contidos.
Senti-me um pedaço de carne em suas mãos; Era o único homem que eu não amava, mas permitia que me tocasse constantemente.
Não posso negar a breve excitação que experimentava, quando ele enfiava seus dedos em minha vagina.
Por fim, ordenou de forma fria que eu colocasse minha roupas e viesse me sentar a sua frente.
Já arrumada, ele sentenciou:
-Até que você esta muito bem, para um exame de rotina. Não detectamos nenhuma infecção aparente, mas temos que esperar o resultado do preventivo.
CONTO Nº 02
Amor ao time
Algemado, o ladrão entrou na sala de audiências, trajando a camisa vermelha e preta.
De pronto, reconheceu o emblema, a bandeira e a caneta tricolor esparramados sobre a mesa do Magistrado.
Iniciado o interrogatório, o juiz declarou, com a fala mole e dócil, envergando a mão para trás:
-Olha, meu querido, nem todo flamenguista é ladrão, mas todo ladrão que chega aqui é flamenguista.
Deu-se a resposta calma:
-Sabe execelência, eu também notei um fato: Nem todo tricolor é viado, mas todo viado que conheço é tricolor.
Findou-se a dialética, deu-se a sentença: -Condeno o réu à pena máxima em regime integralmente fechado.
E o frágil homem com pó de arroz no rosto, arrematou:- A sanção foi pelo roubo, mas o regime foi pelo viado, lindo!