O VISITANTE

O VISITANTE

Quando olhei pela janela, eu o vi pela primeira vez. Ele me olhava de uma maneira que me senti incomodado, por estar sendo observado daquele jeito. Antes que pudesse levantar-me e dirigir-me até o local onde ele estava, para saber o que desejava, ele saiu em direção ao portão, que demandava a rua.

Abri imediatamente a porta e com passos rápidos fui até a rua para tentar falar-lhe e saber o que desejava. Chegando à rua olhei em todas as direções, mas, não mais o vi.

Dirigi-me a duas lojas que ficava ali perto e entrei em ambas procurando-o, porém, ninguém tinha visto o garoto que eu imaginava ter estado em frente à janela da sala do meu escritório.

Desanimado cheguei a pensar que por um pequeno lapso de tempo, eu deixara de interpelar o jovem que parecia querer conversar comigo. Após sentar-me em frente ao computador para voltar a digitar o texto que eu estava escrevendo já há dias, lembrei-me que havia câmeras e estas poderiam dizer o rumo que ele tomara ao sair na rua.

Acessei as pastas que mantinha no computador, porém, em nenhuma delas havia registro da presença do visitante. Depois de certificar-me de que não havia registro da presença dele nas câmeras, pensei que poderia ter ocorrido uma falha, mas logo depois afastei esta hipótese, pois eu me vi saindo e depois retornando ao escritório. Tudo estava devidamente gravado.

Depois de fechar as pastas, conclui que só havia duas alternativas para não ter conseguido captar o misterioso visitante; ou ele não tinha forma densa que pudesse ser visível pelas câmeras, ou que tudo não passava de fruto de minha imaginação.

Por minutos fiquei imaginando que poderia ter sido uma ilusão ou só fruto do meu pensamento. E foi neste exato momento que o telefone tocou

- Alô, quem fala? Perguntei.

- Sou eu, a pessoa que você acabou de ver em frente ao seu escritório.

- Você existe, ou é apenas fruto do meu pensamento?

- Claro, eu sou real e quero marcar uma entrevista para tratarmos de assuntos muito importantes para todo o mundo.

- Todo o mundo, como assim?

- Não dá para ficarmos conversando por telefone, melhor falarmos pessoalmente.

- Tudo bem, e quando você deseja falar-me?

- Poderá ser a noite, nestas horas fica mais fácil locomover-me nas sombras.

- Nas sombras, por que diz isso?

- Nelas, meu contorno fica mais definido e posso ser visto de forma mais clara, desde que não haja muita luz.

- E que assunto é este que envolve tanto mistério e quem é você?

- Calma, logo tudo será esclarecido, no momento que eu encontrá-lo.

- Está bem! Onde eu posso encontrá-lo?

- Não se preocupe, eu o procuro.

Segundos depois o tom do telefone desligado era o único som que ouvia na hora.

Fiquei o dia todo ansioso, esperando o término do expediente para ir-me embora e esperar o visitante.

Já passava das nove da noite quando o telefone tocou. Eu que aguardava a ligação ou uma comunicação dele, fiquei de certa forma decepcionado quando ao atender o telefone, ouvi a voz de minha filha.

Falamos poucos minutos, eu desejava ter a linha livre para receber novo chamado do misterioso menino que eu havia visto pela manhã.

Minha filha desligou e depois de sentar-me no sofá, coloquei o telefone perto do alcance da mão e esperei. Naquela espera que se prolongava, a noite foi passando e mesmo sem querer, adormeci.

Senti um leve toque no meu rosto e quanto abri os olhos, ele estava em pé perto do sofá onde eu estava sentado. Foi enorme meu susto, pois ele entrara em minha casa, sem que eu tivesse deixado a porta ou qualquer janela aberta. Antes mesmo que eu pudesse questioná-lo sobre isso, ele foi falando como se tivesse adivinhado o meu pensamento.

- Não existem espaços ou objetos que impeça minha passagem. Eu transito livremente em qualquer lugar, entro e saio de onde quero. Parou um pouco e depois complementou. Eu crio minhas portas, minhas passagens e meus caminhos.

Embora eu tenha achado estranha a resposta, a uma pergunta que eu não havia feito, mas que havia apenas pensado, resolvi, de boca fechada, conversar somente através do pensamento.

- O que deseja de mim e quem é você?

- Calma, uma coisa de cada vez. Respondeu ele. Dentro de minha cabeça eu ouvia tudo, embora ele não precisasse abrir a boca para falar ou se expressar.

Ele, calmamente sentou-se à minha frente numa cadeira que havia perto do sofá e sem esperar mais perguntas, começou:

- Sei que achou estranho o fato de eu haver entrado em sua casa, pelas vias não usuais. Mas, do lugar de onde eu venho este modo é comum. Nós fazemos nossos caminhos por onde queremos.

Tentei questioná-lo mais uma vez, porém fui interrompido com seu pensamento que em mim fazia-se audível, como se ele falasse de viva voz.

Quando eu quis saber quem ele era, sorriu de maneira condescendente e falou:

- Pouco irá adiantar dizer quem eu sou. Eu sou tudo e nada ao mesmo tempo, pois transito em locais que vocês humanos pensam não existir. Posso ir e voltar ao mesmo lugar onde já estive sem precisar sair do local onde me encontro. Em resumo, eu sou o ideal e o sonho de filósofos e sonhadores do mundo.

Sem entender quase nada do que ouvia, eu quis falar, mas, antes mesmo que eu pudesse pensar ele interrompeu-me e seguiu em frente com suas frases que para mim pareciam charadas, pois até então eu nada entendia do que ele falava. Então ele recomeçou:

- O tempo é urgente para vocês, para mim, ele é eterno, o saldo que existe para a humanidade é de poucos anos, para mim, no entanto ele nunca se acaba. Estou aqui para alertar e esclarecer detalhes de como será a grande mudança que haverá e a partir daí, todos os humanos desta geração que ficarem vivos, irão entender e ter todas as perguntas até então feitas, respondidas.

- Como? Desta vez consegui articular uma palavra, antes mesmo de ele interceptar meu pensamento.

- Aproxima-se da Terra uma nova fase, ou nova etapa evolucional onde o ser humano irá encontrar-se com seus deuses e demônios. Ele irá destruir e construir novos ídolos e desmitificar e criar novos parâmetros para seguir durante os próximos milênios. Chegou a hora de a raça humana entender os grandes mistérios. Iremos descobrir o que se acha encoberto e cobrir o que for necessário, para que o homem deixe de sofrer por seguir caminhos errôneos e tortuosos.

Naquele momento, eu sentia que estava começando a entender o que aquele menino misterioso estava querendo dizer. Desta vez, mesmo sem falar, o meu primeiro questionamento era saber a origem dele:

- Embora nada signifique para você eu falar sobre minha origem, quero avisá-lo que todos os seres vivos do universo têm uma origem comum. Alguns evoluíram mais rápido, outros ficaram estacionados e com isso provocaram grande mal a todo o Planeta. Eu venho de um sistema, que ainda não foi detectado por vocês. O meio de chegar aqui é mais fácil do que conseguir deslocar-se pelas ruas de grandes centros urbanos em dias de congestionamento. Meu sistema não fica na galáxia que vocês chamam de Via Láctea. Isso não tem importância, pois mesmo que eu mostrasse através de fotos ou mapas, jamais iria entender. O cérebro da maioria dos humanos não consegue entender nada que não seja através do mental comparativo. Em resumo posso dizer que eu sou um ser abstrato. Eu existo, somente para aquele que crê e tem fé. A fé a que me refiro não é um ato de aspecto religioso. Eu posso ser apenas o fruto de um pensamento

Eu comecei a imaginar que nossa conversa poderia ser muito longa, pois ele enveredava por caminhos que sempre procurei percorrer. Quando pensei sobre isso ele, sorriu e continuou:

- É exatamente por isso que estou aqui. Não por você ser especial ou excepcional, mas, porque consegue ir um pouco além da grande massa. Como você, existe outros milhares que estão sendo contatados por mim neste instante.

Sem querer, consegui botar para fora mais uma palavra de espanto:

- Como?

Ele, mais uma vez reiniciou seu pensamento:

- Eu já lhe disse que pelo fato de ser algo abstrato, não existo no mundo concreto dos homens, por isso estou em todos os lugares, onde as mentes que conseguem ir além do concreto conseguem me ver. È através destas mentes que eu me comunico e dou meu recado.

-Entendo. Pensei. Mas afinal em que se resume a sua ou minha missão?

- Como já lhe disse o tempo dos humanos neste estágio evolucional está se acabando e temos como missão, penetrar no subconsciente daqueles que se acham conectados com o Cosmos, para que entendam e depois consigam transmitir aos menos capazes as novas diretrizes e caminhos que devem ser seguidos. Vocês serão os canais por onde nosso conhecimento será transmitido. Sem vocês não conseguiríamos manter contato com eles.A freqüência da grande maioria ainda é muito baixa.

- Somos então monitorados e dirigidos, como robôs ou máquinas? Pensei.

- Não quis falar dessa forma. Mas você deverá entender que em todos os planos evolucionais existem diferenças entre uns e outros. Nem todos evoluem de forma homogênea. É normal que uns se adiantem mais que outros, e, é exatamente por esta razão que escolhemos alguns, que servirão de guias ou condutores do resto que não consegue ainda, entender nada.

- Bem, pelo que estou entendendo, seremos os porta-vozes da nova humanidade, é isso?

- Quase isso, pois irão encontrar grande resistência e serão também motivo de mofa e escárnio por parte daqueles que apegados a conceitos e valores que cultuaram a vida inteira, não terão coragem de jogá-los fora e adquirir outros. Deus, por exemplo!

- Espere o que quer falar sobre isso?

- Meu caro, a maioria criou dentro de si um Deus com forma humana, que além desta forma tem todos os defeitos do homem. Estes não conseguirão deixar de imaginar que você é o demônio. A missão de vocês, como já disse, não é a das mais fáceis, pois estarão derrubando barreiras para construir num lugar saneado, novos edifícios de valores para os humanos vivenciarem nos próximos milênios.

- Bem e como fica Deus nesta história?

- Como já disse o ser que vocês imaginam como Deus, sou Eu.Afinal estou em todos lugares, entro e saio por onde quero e somente uns poucos me vêem.

Pareceu que naquele momento eu havia recebido uma descarga elétrica de milhões de volts. E ele, vendo minha reação de espanto, continuou:

- Deus, como vocês entendem e concebem é apenas uma idéia. Um Deus assim não existe. O que existe na realidade é a grande matriz, ou energia que gera e cria todos os universos, suas criaturas e todas as formas, nas vastidões infinitas. Como já disse, essa idéia por ser abstrata, o homem comum não consegue entender, por isso imagina um Deus com forma humana, que por ser pai, perdoa a todos e os bonzinhos ele os leva para o céu. Nós, em nossas palestras sobre como abordar o tema para os humanos, ainda não conseguimos encontrar um termo exato que possa fazê-los entender, relativamente, o que representa Deus.

- Mas, ele existe? Ousei pensar.

-Você não me vê, e não se vê? Deus é justamente esse aglomerado de eus, dispersos nos universos. Do mesmo modo que os humanos criaram um Deus particular que reina na terra e um céu particular para os terrestres, estes mesmos humanos criaram o demônio como uma antítese da criação, para atormentá-lo. Nós, que somos atemporais, visitamos milhares de planetas e na maioria deles seus habitantes criaram seus deuses e demônios para salvá-los ou levá-los para a perdição. Todos estes conceitos foram sendo colocados na cabeça dos homens durante milênios, tendo como objetivos, educá-los e guiá-los por uma senda estreita, evitando assim os desvios que levam ao caos.

- E a manifestação e comunicação de Deus com milhares de seres humanos durante sua trajetória sobre a Terra, é mentira?

- Mais ou menos. Se olharmos de forma direta no sentido da verdade absoluta, é mentira, mas, se olharmos sob o aspecto pedagógico é verdade. Durante milhares de anos, nós e outras criaturas do universo nos passamos por Deus, na hora de ensinar, repreender e orientar, dos mais primitivos aos mais evoluídos. Assumimos a forma que desejamos de acordo com a necessidade do momento. Por exemplo: Quando Moisés foi por mim instruído a subir a montanha, nos valemos de um irmão de outro planeta, para que trouxesse para aquele povo primitivo os princípios básicos que queríamos ensinar visando reduzir o tempo de aprendizado e sofrimento dele. Além de Moisés, estivemos em várias outras culturas, sempre levando ensinamentos e conceitos basilares para que evoluíssem sempre em busca de algo superior e que eles denominaram de Deus.

- E como acha que nós humanos que estávamos acostumados com a idéia de um pai, que nos protege e um irmão, no caso o Cristo, que nos garante um lugar no céu, iremos aceitar tudo isso como uma verdade relativa?

- Eu disse que não será fácil, mas devem tentar, porque as mudanças visam sacudir os alicerces da sociedade corroídos pelo tempo, que já não podem continuar durante os milênios vindouros. Além disso, quando houver o entrelaçamento entre culturas diferentes, dos humanos da terra com seres de outros planetas, todos os valores que são cultuados hoje na Terra deverão ser revisados ou até mesmo abandonados. Somente alguns valores continuarão além desta interação racial. Não se preocupe que já enfrentei estes problemas outras vezes em planetas diferentes. Não deve se esquecer que somente através do atrito se consegue a luz. Perante do processo evolucional, as dores, sofrimentos, mortes e quaisquer danos que possa sofrer os humanos, são necessários. Nós não temos sentimento piegas, porque isso sempre atrasa a evolução de qualquer espécie. Afinal estes eus ou espíritos, são imortais.

Enquanto ele conversava, ou pensava, eu ia cada vez ficando mais convicto que a minha missão não seria uma das mais fáceis que eu poderia ter.

Ele, que ouvia tudo o que eu pensava, sorria como uma criança. Isso de certo modo me desconcertou, pois ele encarava tudo de forma natural, assim como uma criança, quando acha que pode fazer qualquer coisa, inclusive voar. Quando pensei voar. Ele flutuou a um metro do chão sempre com um sorriso maroto no rosto e disse-me uma coisa que nunca mais eu iria esquecer:

- Alegre-se, por ser Deus ainda uma criança.

Eu não sabia se ele falava dele como Deus, ou se Deus era mesmo uma criança. E quando se é criança podemos tudo, temos até o direito de errar e falar tudo aquilo que pensamos .

Acredito que ficamos conversando, ou melhor, eu ouvindo-o por mais de duas horas. Dentre as coisas que ele disse, além do contato dos humanos com seres de outros mundos, falou das viagens no tempo, dos buracos negros, das milhares de galáxias que conhecia e dos milhões de planetas habitados que já visitara. Tudo parecia extraordinariamente absurdo o que ele falava, mas, sempre que eu pensava em questionar um destes absurdos, ele ria e falava em forma de pensamento:

- O que você conhece para poder questionar o que falo como sendo algo irreal?

Olhando sobre este aspecto ele tinha toda razão do mundo e eu tinha que contentar-me com o pequeno mundo onde vivia, não só a Terra, mas o meu próprio mundo interior, que estivera fechado tanto tempo, o que tinha me impedido de vislumbrar uma realidade além daquela a que eu estava acostumado. E, enquanto eu ia tentando absorver tudo para poder aceitar todas as maluquices do menino que se dizia Deus, ele, sorrindo de forma galhofeira, foi falando várias máximas que eu ouvira durante muitos anos em minha curta existência. E de todas que eu ouvi, e as que não esqueci, foram atribuídas a Shakespeare e Einstein: “ Existem mais coisas entre o céu e a terra, do que possa imaginar vossa vã filosofia”. E, “Uma mente que se abre a uma nova idéia, jamais volta ao seu tamanho original.” De todos pensamentos que ele disse, creio que este dois serviram para responder e aquietar todas minhas ansiedades e dúvidas.

Depois de todo aquele tempo, ele esticou a braço em direção a um lugar qualquer e vi que em sua mão direita havia um recipiente transparente, contendo um líquido de cor esverdeada. Bebeu dois goles do líquido e depois estendeu o braço em minha direção e disse:

- Tome, experimente algo que sei que jamais bebeu em toda sua vida.

E antes mesmo que eu perguntasse o que era ele falou:

- Não se preocupe com o nome, beba.

Peguei o vasilhame com as duas mãos e colocando-o na minha boca sorvi o líquido lentamente, tentando identificar algum gosto parecido com aquele. Não consegui em minha memória encontrar nada igual àquilo. Depois do último gole, coloquei a vasilha sobre a mesa de centro e logo após senti um formigamento pelo corpo todo e depois disso, o sono.

Já passava das dez horas da manhã quando acordei, olhei para os lados procurando o menino, mas não havia ninguém por perto. Eu dormira na cama totalmente vestido e nem me lembrava de como tinha chegado ali. Em minha mente, somente as recordações do diálogo que mantivera com ele.

Levantei-me, despi-me e fui tomar banho imaginando que tudo poderia também ter sido um sonho e que nada daquilo havia acontecido. Depois quando ia para a cozinha preparar o café da manhã, notei que sobre a mesa de centro havia uma vasilha parecida com a que ele me dera para eu segurar e beber o líquido que ela continha. Aquela era a prova de que não havia sido apenas um sonho que eu havia tido e sim uma experiência real.

Fui até a cozinha coloquei a água para ferver e voltei para sala a fim de pegar a vasilha e verificar se havia algum resíduo do líquido nela. Quando cheguei à sala, nada mais havia sobre a mesa.

Já me preparava para sair para o trabalho, quando celular que eu deixara sobre a cama, começava a tocar. Peguei-o e ao atender disse:

- É você?

- Claro que sou eu pai, está caducando ou andou tenho novamente seus sonhos estranhos.

- Desculpe filha, pensei que fosse outra pessoa que me telefonava.

- Namorada?

- Claro que não, outra pessoa bem mais importante.

- Quem, eu posso saber?

- Se eu falar, você promete que não irá rir nem internar-me num hospício?

- Xiiii, acho que algo estranho está acontecendo pai, mas, prometo.

- Pois é minha filha, eu pensei que fosse Deus, ligando para mim.

- Pai!... Você pirou de vez?

- Não se esqueça que você prometeu!

- Está bem, então me conte esta história!

- Passe pelo escritório na parte da tarde que conto com todos os detalhes, o que aconteceu.

Depois que nos despedimos, entrei no carro, sabendo que a primeira pessoa que eu iria contar minha história, era minha filha, e sabia que ela não seria nada fácil de convencer. Enquanto eu dirigia rumo ao centro, a frase de Einstein martelava em minha cabeça. “Uma mente que se abre a uma nova idéia, jamais volta ao seu tamanho original.”

Tomei uma decisão. Esta seria a primeira frase que eu iria dizer até que ela conseguisse decorá-la, somente depois eu começaria a contar a insólita conversa que tivera com o visitante, que dizia ser Deus.

18/08/09 – VEM

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 20/08/2009
Reeditado em 26/10/2010
Código do texto: T1763725