A ROSA IMPRESSIONANTE

Em meu quarto essa noite enquanto trocava uma lâmpada,

Senti um forte tremor, e ouvi um estalo muito forte,

Tudo ficou tão escuro de repente, fiquei desolada!

Embora acostumada com tal problema na cidade.

Não havia o que fazer a não ser,

Esperar o problema sozinho se resolver.

senti saudade dos teus olhos escuros.

Como naquela noite em que te vi pela primeira vez.

Lá estava você, com um ar de palidez,

E apenas seus olhos brilhavam na noite preta,

E neles não havia sensatez.

Impressionante ser da noite,

O vento erguia seus cabelos escuros,

Com tom rubro que de fronte a lua fazia vulto.

Seus lábios eram como as flores do fim da primavera,

Aquele tom de rosa fosca, senti-me primitiva

Chamar tal visão de boca.

Aquela era a visão mais linda a qual seria guardada

Em minha memoria eternamente nos dias,

Da eternidade que em mim havia.

Senti tamanha essência, fiquei enlouquecida,

Aquela era chama do amor infernal mais louca de ser vivida.

Tal chama me acompanha desde então,

E jaz em mim, pelo impressionante ser da noite,

Que agora apaixonado por mim,

Dá-me as chaves do seu coração,

Entrega-se com tanta paixão,

E cava-me a alma enchendo-a de luxuria até o fim.

Puxa!!! Que noites e dias!

Estou prestes á tomar uma decisão,

Estou prestes a não responder pelos meus atos,

Breve e prestes a não falar por mim.

Ora que não era hora de aparecer naquele momento!

Que profana! Aquela moça...apareceu do nada, como o vento!

Pediu-me agua, “Magah?...Eli?...” não entendi! Não ligo..! e dai?

Ofereci cianureto.

Ela olhava em meus olhos como tivesse algo a ser dito!

Eu olhava para ela pensando; - desgraçada! Antes não tivesse nascido. – E oque faltava para realizar-se o meu desejo,

Eram 2 dedos d’agua e um toque do meu veneno.

Ela tinha a pele escura e cabelos de palha ao vento,

Suas unhas eram sujas, seus lábios eram sardentos.

Afinal quem estava louco? Disse tu que estavas vendo,

Uma linda fada de luz com uma rosa entre os seus dedos!,

Raios me partam!!!

Isso é uma bruxa ou o que devo eu a essa estranha?

Devo queima-la em praça publica ou á retalhar até as entranhas?

Não te preocupes! Já amarrei-a ao pé dessa arvore,

Pelas suas membranas, e de longe podia-se avista-la

Queimando a distancia, foi o dia mais profano

Após a minha infância.

Enquanto queimava ela gritava;

- Não faça isso assim!!! Eu profanaria todas as leis dos céus

Para agradar somente a tí!!! –

E eu dizia; - Eu hein! Tá doida! Nem conheço essa daí! –

No final tudo que restou,

Foi um aroma suave de jasmim.

- Estranho! – eu pensava;

- Bruxas mortas cheirando bem assim? – Aconteceu de fato!

Algo muito louco ali!.

Quando voltei-me para meu amado,

Que estava ao meu lado.

Bateu-me um tremendo remorso,

E senti um peso de fardo.

Aquele ser que antes trazia em seus olhos escuros,

O amor obscuro num mundo iluminado,

Deveras tornou-se pois todo o fardo do meu pecado.

Sua pele pálida também era gélida,

E pútrida ao se tocar.

Não havia mais eternidade obscura naquele olhar.

Seu corpo ao chão caído,

Que antes levantava as folhas como harpia,

Agora estava frio, sem vida, como uma concha vazia.

Sabe Deus oque acontece! o que aconteceu aqui?

A mulher era tão linda, mais do que isso pra mim.

Ela era a ultima luz que havia em meu amado,

A rosa entre seus dedos, era o amor concretizado.

Movida irracionalmente pelo ciúme que me assola,

Destruí todas as chances da felicidade de outrora.

Assim chegou ao fim essa minha amarga história,

Levarei para sempre esse amago em minha alma folclórica.

Enterrarei meus monstros no passado,

Ao lado de me amado, junto a sua memoria.

De que um dia quase tornou-se,

Um anjo iluminado para iniciar sua história,

E que graças a minha ignorância,

Tornou-se pois, a lápide de uma fantástica histórica.

Com tudo por terminado adormeci nos

braços de um rio.

Acordei num lugar claro, muito branco!

Com pessoas me estapeando o rosto e me chamando

Dizendo; - você está bem? Acorde, já esta na hora. –

Abri os olhos e por entre as vistas embaçadas pude avistar...

Uma mulher negra e linda! Deslumbrante!

Que lapidava por volta dela tão cintilante!...

Ela trazia entre os dedos uma rosa impressionante!

Seu sorriso era de uma mãe que ama com amor irradiante!

Eu podia ver a voz sair por entre os seu lábios,

Quando ela foi logo dizendo; - Teve sorte de ter sido tirada com vida daquele quarto,

Pois após 2 dias caída ao chão com a cabeça aberta,

Só posso dizer que algo muito fantástico Deus guarda

A sua espera!!! Seja bem vinda de volta,

Estávamos aguardando.

Meu nome é “Magali” sou a enfermeira chefe.

Pode chamar se estiver precisando.

Por hora estou só passando.

Deixarei essas Rosas de Jasmim,

Por precaução, pois querida,

Elas mantem o ar puro,

E sua alma protegida.

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( Um sonho é só um sonho,

Ou pode o verdadeiro “Eu” nos revelar?

Estaria eu matando os meus sonhos sem perceber?

Como fiz com aquele desconhecido? Sem prever?

Estragando sua realização?

Como aquela estranha mulher que sem perceber,

Era a minha única salvação? E aqui do lado de fora

Era de verdade a minha única proteção?

Devo seguir o coração ou a razão?

Preciso fazer reflexões?

Como saber se estamos certos ou errados

Ao tomarmos decisões?)

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Valéria Carvalho Ribella

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Valéria C. Ribella - A ROSA IMPRESSIONANTE

BLOG - http://phoenxz.blogspot.com/

Autores/Valéria C. Ribella e co-autoria

Revisão e Arte Filosófica Valéria Carvalho Ribella

Fixação de Texto Valéria Carvalho Ribella

Diagramação e Arte em Designer Photográfica Mércio Ribella Jr

© Copyright All rights reserved 2012

Valéria C Ribella
Enviado por Valéria C Ribella em 27/03/2012
Reeditado em 27/03/2012
Código do texto: T3578125
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