TRIBUTO À BRASÍLIA

Muitas vezes eu imagino,

Nosso mundo está no fim

Pois são tantos desatinos,

Por isso que o vejo assim.

bandido, hoje é perdoado,

Homem de bem, condenado

Ficando assim, ele execrado

E passa por pente fino

Muitas vezes eu ignoro

Outro modo de enxergar,

Outras vezes até imploro,

Pedindo para me escutar.

Porém são tantas asneiras,

Que já parece brincadeira,

Pois quando desejo eu falar,

Até mesmo a Deus imploro.

Se eu seguir nesta linha,

Sem tentar me demorar,

Eu só falo o que penso,

Sem ter medo de errar.

Todo mundo está sisudo,

Cada um tem seu escudo,

Quem tenta se resguardar,

Quebra logo a sua espinha.

O exemplo que deveria,

Vir do governo central,

Mas cada dia que passa,

Mais parece um carnaval.

Vão eles metendo a mão,

Em nosso próprio erario,

Homem de bem, é otário,

Se não tem, folha corrida.

Por eu falar a verdade,

Sou chamado de caduco,

Se, avança a minha idade,

Mesmo assim, eu me educo.

Vou falar tudo o que penso,

Eu sou contra a bandalheira,

Mas se eu der uma bobeira,

Vou parar, atrás das grades.

Que me perdoe o político,

Se ainda ele é honesto,

Porém eu tenho reserva,

Daquele que muito fala.

Muitas vezes até se explica,

Por se achar mais esperto,

E não dizer que é canalha,

Mas o bandido, mora perto.

Na capital, de um sonho,

Que é chamada de Brasília,

Instalou-se uma quadrilha,

E que de lá, não quer sair.

Vale-se de todas maneiras,

Já não respeita a bandeira,

Nem o hino, querem ouvir,

Deixando o país tristonho.

Se alguém me por na cela,

Só por eu ter,esta ousadia,

Mas, eu já passei da idade,

E me esconder por covardia.

Ao crime, não dou chancela,

E nunca eu fujo da cidade,

Onde eu travo esta batalha,

Com palavras mais sadia.

De tanta a corrupção,

Que eu vejo aumentar,

Eu até já vejo a nação

Capenga, a se arrastar.

Ninguém respeita as leis,

Que já ousaram legislar

Devo eu fingir-me morto,

Ou então devo eu lutar?

Se eu ficar calado agora

Quando eu deverei falar?

De que valeu meu estudo

Se por medo me acovardar?

Se portar-me desta maneira,

Eu não passo de um covarde

E mesmo sem fazer alarde,

Não posso meus filhos,olhar.

13-03-09 – VEM.

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 21/04/2009
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