Dadivosa...

Tinha festa lá na roça,

dei um trato na carroça,

para mode viajar.

Pus arreio em Dadivosa,

minha égua mais garbosa,

que não nega, galopar...

Dadivosa era importante,

peito farto, lombo grande,

de um tamanho salutar.

Sua crina era gigante,

tinha até desodorante,

mode o pelo, perfumar...

Na picada foi trotando,

vi a noite, que chegando,

tinha tudo pra brilhar.

Lua nova despontando,

tanta estrela que brilhando,

refletia o meu olhar...

Logo, logo, que chegamos,

da carroça, apeamos,

veio nos cumprimentar.

Uma moça muito linda,

cujo nome era Florinda,

pronta pra me namorar...

Dei a mão, lacei o braço,

no chicote dei um laço.,

pra não me atrapalhar.

E dançamos no coreto,

muita carne no espeto,

até o dia clarear...

Quando o sol já despontava,

na carroça eu cochilava,

sem querer me levantar.

Ainda bem que a Dadivosa,

minha égua mais formosa,

foi pra casa, me levar...

Day Moraes
Enviado por Day Moraes em 11/10/2005
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