Cordel do Cravo

Prosa que cravo

Era um menino com cravos no rosto.

Esportista fino, era aquele menino!

Praticava futebol, voleibol e natação.

E aos sábados até equitação!

Tinha cravos na chuteira

e para comemorar os gols,

carne na churrasqueira.

Ao final de sua equitação

trocava as ferraduras de seu alazão.

Usava cravos em boa condição!

Tinha o pobre menino um bom coração.

Comprava cravos e levava ao túmulo de seu finado irmão.

E aos domingos de primavera,

ouvia-se o som do cravo que era do irmão:

— Cravo essa música em minh'Alma, pois só ela é a minha calma! – dizia o menino de gosto fino ao tocar no cravo aquela canção.

E aos domingos de primavera,

lá estava a Dona Vera, mãe do menino.

Com uma imensa panela

e com os temperos: cravo e canela!

Fazendo a boa canjica

que era "carro chefe" da tia Chica!

Ah, Que cheiro de cravo do campo

Gosto de cravo e canela

Ouço o Cravo no canto

Com um canto de primavera!

Cravo o som do cravo em meu coração

Sinto o gosto doce da linda canção!