A loirinha alegra minha velhice!

Fico imaginando como seria chata minha vida sem a minha loirinha, nada de apologia a bebida ela é de carne e osso, quase uma versão de Juma Marruá, personagem da novela Pantanal. De cara emburrada quando lhe aborrecem, carinhosa e dócil quando lhe falo palavras bonitas. Garotas do tipo dela um dia serão chamadas de mulheres de gênio forte. Mas é este gênio que me atrai, quando esta nos meus braços me parece que sou rei. Suas mãos carinhosas deslizam sobre meu rosto e seus beijos fazem com que eu acorde feliz. De que adiantaria ter uma bela esposa, carinhosa também, se não tivesse uma loirinha como a que eu tenho.

Hoje resolvi ir ao supermercado, e nunca pensei que havia tantos homens que gostam desta tarefa de comprar, e são muitos. A maioria me olhava com um ar de inveja, fitavam minha loirinha e por pouco não apareceu algum atrevido perguntando: “Você quer ir para casa?”, e podem estar certo que eu não permitiria, pois me sinto dono dela. E minha esposa sabe disto! Neste dia encontro com ela no jardim de minha casa, e não me fiz de rogado; a convidei para ir às compras comigo. Foi ótimo, pois logo ao chegar ela já pegou o carrinho e me perguntou se podia pegar uma caixa de bombons. Mandei que pegasse duas, com a condição que ela escolhesse um para mim.

Fiquei feliz, ela escolheu um “Serenata de Amor”, bombom que eu escolhia para minha primeira namorada. Pedi, e ela não meu deu, um bombom de licor, acho que por causa da “Lei seca”. Fizemos as compras, saímos pelas ruas conversando de mãos dadas, trocando olhares carinhosos e o sinal fechou. Ela aproveitou e me deu um forte abraço e um gosto beijo na minha face direita, eu me senti, lógico, o mais feliz dos homens. Nunca ela havia me beijado de daquela forma. O sinal abriu e segui até a primeira praça e lá, já sentados nas cadeiras de uma mesa na calçada da sorveteria, tomamos um Milk Shake cada. Até esqueci da diabete!

Então resolvido a voltar para casa, perguntei àquele meu amor se queria algo mais nada. Ela balançou a cabeça afirmativamente. Então fomos a uma loja de bijuterias, brinquedos, perfumes e outros presentes, onde sozinha escolheu o que queria. No caixa eu paguei as compras, e segui para casa, onde minha filha me esperava, com um ar de ciúmes, enquanto minha esposa colocava os pratos na mesa para o almoço, de forma que não viu quando milha loirinha Sammyrha desceu do carro, dirigiu-se a criança que os esperava e disse; “Samantha você não precisa ficar com ciúmes, nosso pai é bonzinho, mandou que eu comprasse dois presentes, um para mim, outro para você minha irmã.” Ganhei o dia, sou o pai mais feliz do mundo!

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Seu Pedro tem 60 anos, e sua filha Sammhyra 07 anos. Pai e filha são muito 8nidos