O voto a leilão

Confesso que fico enojada com as atitudes de alguns eleitores que colocam a leilão seu precioso voto. Torço para que você, que esteja lendo esta crônica, não se encaixe neste perfil.

Me assusta, me entristece, me causa repulsa e me deixa com náuseas o eleitor que faz do seu voto um negócio sórdido, barato e mesquinho. Algo que parecia ser tão precioso é jogado na lata de lixo, como papel sem serventia.

O eleitor que negocia o voto fica ansioso esperando as eleições. Para ele, é o ano das negociações vultosas, é o ano do "toma lá dá cá", é o ano de quem tem as eleições como algo passageiro e supérfluo, é o ano de quem não vê na política um futuro promissor para um município, para um estado, para uma nação. Ao contrário, tem a visão de que a política só acontece a cada quatro anos.

Fiquei pasma, outro dia, ao observar uma cena aterradora. Um eleitor se achegou até certo candidato a vereador e começou a negociação. Olha só a ousadia: primeiro, pediu uma moto, em vão; depois, pediu um mil reais...enfim, o negócio foi fechado em dez reais.

Não para por aí, o eleitor vendedor de votos ganha num só dia muitos outros dez reais. Sai à "caça" como onça faminta atrás da presa. Pobre eleitor, nega o voto, nega a palavra, nega a justiça, nega a honra, nega a própria vida.

Será que essas pessoas choram sobre o leite derramado? Que nada! aguardam mais quatro anos para com seu "precioso" título, guardadinho no fundo do baú, dar o bote nos também corruptos compradores de votos.

Caro eleitor, faça do seu voto um brinde à cidadania, faça valer sua identidade de eleitor consciente, faça valer sua luta por mundo melhor.

Pense nisso!

Elian Bantim
Enviado por Elian Bantim em 24/08/2008
Reeditado em 23/10/2014
Código do texto: T1144434
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