DEZ COISAS QUE LEVEI ANOS PARA APRENDER

Existem escritores brasileiros, simplesmente sensacionais; gente acadêmica, alguns imortais (do ponto de vista da ABL) e muitos outros excepcionais que conseguem escrever de modo tão clarividente que me assusta, tamanha é a realidade de precisão de suas parábolas.

Dois deles eu quase venero; João Ubaldo Ribeiro, pelos textos simples e ácidos e Luís Fernando Veríssimo, nosso colega de crônicas aqui no Uol. Diante de tantos belíssimos textos, que normalmente devoramos, eu encontrei um do Veríssimo para ilustrar a vida cotidiana de todos os brasileiros; é um texto simples, mas de grande valia para os dias atuais; chama-se: “Dez coisas que levei anos para aprender”.

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom ou empregado, não pode ser uma boa pessoa. (Esta é muito importante. Preste atenção, nunca falha).

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas. (Está cheio de gente querendo te converter!).

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance. (Na maioria das vezes quem está te olhando também não sabe! Ta valendo!).

4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca. (Deus deu 24 horas em cada dia para cada um cuidar da sua vida e tem gente que insiste em fazer hora-extra!).

5. Não confunda sua carreira com sua vida. (Aprenda a fazer escolhas!).

6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite. (Quem escreveu deve ter conhecimento de causa!).

7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria 'reuniões'. (Onde ninguém se entende... Com exceção das reuniões que acontecem nos botecos...)

8. Há uma linha muito tênue entre 'hobby' e 'doença mental'. (Ouvir música é hobby... No volume máximo às sete da manhã pode ser doença mental!).

9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito. (Que bom!)

10. Lembre-se: nem sempre os profissionais são os melhores. Um amador construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic. (É Verdade!).

Depois desta leitura, passe a prestar mais atenção nas coisas pequenas da vida e quem sabe, você não consiga enxergar detalhes obscuros que poderão livrá-lo de grandes perigos e grandes problemas.

Carlos Henrique Mascarenhas Pires

Site do Autor: www.irregular.com.br