Filhos adolescentes (II)
Filhos, tê-los ou não tê-los? Eis a questão.
Quem os têm sossego mais não tem. É isso mesmo, eu que o diga. Decerto que não tenho muito do que me queixar, mas analiso bem de perto todo o processo em que estão envolvidos esses jovens quase donos do mundo.
Não quero aqui julgá-los muito menos condená-los. Eles são apenas reflexos de determinadas situações, sobretudo o berço familiar. A liberdade demasiada que nós, pais, estamos dando aos nossos filhos é catastrófica, e o mais interessante é que essa liberdade acontece tão naturalmente, quase imperceptível e quando nos damos conta é um pouco tarde.
De nada adianta privá-los do mundo, o mundo está a um clique de suas mãos, a Internet. Outra aliada forte neste processo educacional, um celeiro de coisas boas e ruins. Não há como detê-los nem como filtrar a sujeira que se esconde atrás de um simples monitor.
Diálogo, a melhor forma de chegar a um consenso, também muito carinho e amor são imprescindíveis, ouvi-los atentamente é sinal de dedicação e respeito e eles gostam, estar vigilante às alterações psicológicas se faz mister, assim nos tornaremos, além de pais, amigos, com os quais eles poderão contar em todos os momentos.