MAIS UMA VEZ... "ELE"!!!

Bem... sei que muito já se falou sobre o amor. Mas... será que tudo foi dito? Talvez. Ou não...? Na dúvida – e na certeza de que sempre haverá algo mais a falar sobre ele – resolvi escrever essas linhas. Sei que mil poetas já o decantaram em prosa, verso e canção. Mas amor nunca é demais. Então, lá vai o que está nesse momento a bailar em minha mente, inquieto como mariposa esvoaçante ao redor de uma luz (e que eu PRECISO desesperadamente escrever!!!! rsrs...).

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Hoje vou falar sobre o amor. Não qualquer amor. Mas O AMOR.

Percebem a diferença?

Uma das coisas que acho mais importantes é o olhar. Quem ama fala com os olhos. E o amado entende. Perfeitamente. Acho isso lindo demais. Essa sintonia de olhares sem palavras. Amor é coisa assim, meio de louco. Mas quem ama acha normal. Guarda o papelzinho da bala que o outro deu. Não lava a roupa que ficou com o perfume do amado. Sabe “ouvir” o silêncio do outro. (...?). Isso mesmo, ouvir o silêncio. Isso é lindo, não é? Mas tem que provar que ama. Como se prova? Simples. E complicado também. Quem ama de verdade deixa livre. Não faz o ser amado sentir-se enjaulado, usado.

O verdadeiro amor resiste a tudo. Ao futebol. Ao chá com as amigas. Aos roncos. Aos parentes chatos. À novela. Às dificuldades, impossibilidades e eventualidades do dia-a-dia. Às contas no fim do mês – ainda que sobre “muito mês no final do salário”. O importante é estar juntos. Mesmo contra todos, contra o mundo.

Amor não se pode conhecer apenas teoricamente. Tem que vivê-lo, senti-lo na carne, na pele. Tem que dar prazer e sentir prazer ao lado do amado. Fazer a comida e provar antes, pra ver se está do jeito que a razão do seu viver gosta. Esperar para almoçarem juntos. Dormir com os pés enroscados um no outro. Demonstrações de carinho mais lindas, a meu ver, não há...

Quem ama, ama e pronto. Tem cuidados inimagináveis com quem ama. Ama se ele estiver sujo de graxa consertando o carro. Ama se ela estiver suada e descabelada lavando o chão da cozinha. Olha para o outro e sorri, admirando-o. Gosta. Sente tesão. Mesmo nesses momentos, fica arrepiado se de repente pensar nos orgasmos maravilhosos, nas noites (e dias) de amor que já viveram juntos. E nos que ainda viverão. (quem sabe ali mesmo - sujos, suados e descabelados?) Essa idéia, por si só, já é excitante. Não é preciso que a criatura amada esteja a lhe esperar limpinha, cheirosa, num quarto à meia-luz impregnado com perfume de absinto, vinho gelado, música suave e taça de morangos na cabeceira. Com uma rosa vermelha entre os dentes e lingerie sexy. Isso tem o mesmo significado, para quem ama, que fazer amor em cima da mesa da cozinha (afastando, aos beijos, os pratos e talheres para o lado para dar espaço). Ou no tapete da sala. Ou debaixo do chuveiro. É assim. Quem ama – e somente quem ama – sabe...

Quem quer viver um grande amor precisa estar preparado para viver intensas emoções. Para rir. Para chorar. De peito aberto. Sem reclamar. Ceder, muitas vezes. Exigir até pode – mas não se sabe se seu amor estará sempre disposto a atender suas exigências... quando não estiver... paciência...

O amor, quando chega, é como um furacão. Não deixa nada no lugar. Desarruma a cabeça, a cama e a rotina. Muda a vida. É algo parecido com uma estrela cadente que risca o céu de repente. Não tem outro jeito, não. Se não for assim não é amor. É atração, é paixão, é tesão, é sedução, é empolgação. Quantos “aos” você quiser. Mas amor, não.

Pronto, falei! Por favor, que me perdoem se fui repetitiva...

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