“A CARTA”.
 (Crônica).
 
Ah! Minha amiga eu tenho saudade... Dos tempos em que, pegava-se uma caneta e um pedaço de papel, e escrevia-se palavras com o coração; sorridente lia-se o texto, colocava dentro de um envelope dourado e corria ao correio, e o remetia a alguém.
Depois de enviá-lo ficava-se ansioso aguardando a resposta, que tinha a certeza que viria.
O tempo foi passando... Aquela caneta virou um teclado, cujo papel virou uma tela... E as palavras ficaram vazias, nelas não existem mais a chamada saudade, não existe mais a sinceridade... Só existe pressa e abreviações.
Eu não sei se as pessoas perderam a sensibilidade, ou se, simplesmente secaram, trocando o amor pela pratica.
Até as falas pelo telefone diminuíram o tempo, gerou uma pressa nas pessoas, que é notável a ansiedade de livrar-se do telefone, inventam mil desculpas para não visitarem ou serem visitadas, o veículo virou a desculpa numero um, para não irem ao encontro de alguém.
Agora eu entendi que, as coisas boas da vida jamais voltarão... Aqueles papos entre familiares e amigos foram substituídos pela pressa... E o tempo virou a desculpa para encobrir o desamor.