APELOS LIBIDINOSOS (QUERO MEU DIREITO DE NÃO PENSAR EM SEXO, PELO MENOS UM INSTANTE)

Será que o mesmo esforço que uma mulher exerce para tornar-se heterossexual, já que nasce chupando o peito da outra (O leite da mãe serve para nutrir a criança e ao mesmo tempo se oferece como elemento para a satisfação), o homem igualmente deve exercer para tornar-se homossexual? Ou seja, uma mulher para se apaixonar por outra não precisa opinar, brota do inconsciente, já o homem para amar outro tem que fazer uma dura opção: romper o inconsciente! Será, então, que a maior prova que existe ex-gay essencialmente é uma mulher quase totalmente heterossexual? Que os Freud da vida expliquem-me. Reconhecendo minha ignorância sobre o assunto, é que não discrimino ninguém! Até mesmo os que discriminam não podem ser discriminados por discriminar e serem seletivos ao desconhecido. Por último, não discrimino os que não discriminam, pois todo mundo sabe o que é melhor para si! Já que perguntar não ofende, né!

Só mais uma inquietação. É que os pensadores da Educação são esquisitos demais, li em maio de 2010, na Revista Língua Portuguesa, nº 55, que o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (SEPE) viu a frase: “Minha chaninha cheira mal. Cheira a chulé”, no kit do Instituto Alfa e Beta de Brasília, distribuído nas escolas e declarou impróprio, dizendo que o termo “chaninha” é um sinônimo obsceno para designar o órgão sexual feminino. Porém eles fecham os olhos para outras insinuações de boa fé, ou melhor, talvez são obrigados a fechar os olhos mesmo, pois quem olha demoradamente para uma "Parada-Gay" ou ainda para uma campanha anti-homofóbica qualquer perde toda a razão, inclusive o direito de não pensar em sexo. São tantos trejeitos e traquejos que forçam quem quer que seja a cair no lago ideológico da sedução, e ainda, se resistir, será acusado de homófobo e discriminador. Explicou o Instituto que a palavra “chaninha” é apena um diminutivo carinhoso, um regionalismo para “chinelo”. E tudo se justifica! Por isso, também gosto das ambiguidades!

A Escola e as ruas estão cheias de bem intencionados distribuindo camisinhas e panfletos culturais, tanto igrejas como entidades governamentais; alunos e professores, não perdem uma oportunidade sequer. É o “Look” do momento! Contudo, vejo também outro tipo de professores que namoram alunas e viram notícia nos jornais, são excomungados pelo sistema como símbolo de moralização e/ou de contrassenso . (http://g1.globo.com/goias/noticia/2014/11/casal-e-preso-suspeito-de-vender-virgindade-da-filha-por-r-3-mil.html). ( acessado em 06/12/2014).

Apesar de professor, ainda bem que sou velho, feio e pobre; desinteressante e sem atração sexual, destituído de qualquer narcisismo, resta-me apenas uma percepção experiente dos tempos, e é isso mesmo que me faz ri. Se todos têm pecado, o meu é discriminar a mim mesmo e tentar resistir a invasão dos inúmeros apelos libidinosos das mídias. Sem muita força, diga-se de passagem. Então vamos fechar com as palavras de Augusto dos Anjos: "PARA ILUDIR MINHA DESGRAÇA, ESTUDO. INTIMAMENTE SEI QUE NÃO ME ILUDO."