23 - COMO UMA ONDA...

23 - COMO UMA ONDA...

As cenas passam rapidamente na nossa frente como se estivéssemos na janela de um trem da Vitória a Minas.

A paisagem muda veloz.

Agora você vê... Agora você não vê, como nos truques de magia do Seu Nôno da Praia.

Às vezes nossa percepção é engolida pelo hábito de olhar sem ver.

Se a gente não ficar atento e resistindo às mudanças, assim como a própria vida, a paisagem se desmancha no ar ou no poderio das máquinas (cada vez maiores). E haja Paciência, a Vila. Desmontar e mudar montanhas de lugar também é progresso. Não dá para ficar pensando de forma poética e estagnada, como que anestesiados.

Tirando a montanha, surge o monte,

Tirando o monte, a colina,

Tirando a colina, a neblina que no horizonte a Serra cobria.

Menino olhe as montanhas de Minas, enquanto há tempo!

Preste atenção garoto! O que agora você não viu, hoje, amanhã será tarde! A vida é assim mesmo, longe de ser um conformismo barato... A questão é a rapidez dos fatos e acontecimentos...

Pessoas vêm e partem de nossas vidas.

Ontem éramos jovens hoje avós. O que construímos será nosso legado e com certeza não estou me referindo às coisas materiais, mas sim, do ponto de vista do “ser melhor que o ter”.

Se você não viver... o que vai sobrar amanhã é só saudade.

CLAUDIONOR PINHEIRO
Enviado por CLAUDIONOR PINHEIRO em 19/06/2009
Reeditado em 30/08/2009
Código do texto: T1656074