A piscina

Era um dia bonito. As nuvens brincavam de fazer diversas formas no céu. Estavam se exibindo para os enamorados que sorrindo, acompanhavam e tentavam imaginar o que estava sendo formado.

- Vem pra piscina comigo?!

- Ah, amor, não quero não.

- Por favor?!

- Não to com vontade não. Por que você não vai?

Porque quero ir com você, será que não percebe?!

- Tudo bem. (Tudo bem, eu só queria aproveitar cada segundo com você, mas...)

Meia hora depois, estou eu, largado naquela piscina. Abandonado e com o coração triste. E chega ela, naquele biquíni pequeno, toda feliz, com as amigas. Nem me olhou. Esta entretida demais para me notar. Eu, que só pensava nela, que viajei mais de 9 horas só para estar com ela. E ela ali, jogando sinuca com as meninas, sem nem ao menos reparar em mim.

Um tempo depois, ela entra na piscina. Brinca com todo mundo e só depois chega perto de mim.

- Oi amor!!! Essa água ta gostosa né?!

- Ah, agora você entra?!

- Eu não queria entrar aquela hora. Qual o problema?

Você não queria era entrar comigo, essa que é a verdade. E ainda pergunta qual o meu problema. O meu. Nem percebe...

- Nenhum.

- Você vai ficar assim é?! Não estou a fim de brigar.

- Nem eu. (Levantei e sai)

Pronto, agora ela vai conversar com as amigas, e todas vão ficar contra mim. Dizendo que estou fazendo confusão em copo d’agua. O problema não foi ela não querer entrar, o problema é ela fingir que nem me notava. Eu só fui por causa dela e ela passa mais tempo com as amigas do que comigo.

- Você não vai conversar comigo?

- Agora você quer conversar?

- Ah, eu não acredito! Quer dizer que você sai com seus amigos, me deixa aqui, volta e passa a tarde toda sem falar comigo e a culpa é minha.

EU SABIA! Ela sempre faz isso. Agora eu sou o vilão na história. Eu que a deixei. A culpa é minha, sempre tem que ser não é?!

- Amor, a gente só tem hoje para aproveitar e você fica assim. Eu não fiz nada de errado.

E continuamos essa discursão por mais algum tempo. Ela dizendo que não tinha nada haver, que eu que estava sendo criança. Que devia parar de ser tão intolerante, que estavam todos juntos. Mas eu só queria que ela entendesse. Será que era pedir demais?

Mais algum tempo depois:

- Olha, eu cansei ta bom?! Se você quiser ficar assim, fiquei. Eu não vou ficar aqui discutindo por uma coisa tão banal.

- Então é assim?

- Meu lindo, você esta fazendo confusão por eu ter entrado na piscina meia hora depois. Você quer que eu diga o que?

E ela foi para o quarto com as amigas e eu fiquei mais uma vez lá. Sozinho. Largado. Mas dessa vez, eu não vou atrás, ela que venha. Que peça desculpas, que....... Nossa, como ela é linda!

E ao vê-la ali, os raios finais do sol contornando a sua pele. O vento brincando com suas madeixas. E aquele sorriso... Naquele momento eu não me recordava que estava chateado. Eu só pensava nela.

Amor é amor, coisa que não dá para explicar só vivenciar. Foi com esse pensamento que fizemos as pazes e que aproveitamos o resto das horas que tínhamos.

Tx. de Freitas - BA, 08 de junho de 2009

Hari Alves
Enviado por Hari Alves em 08/07/2009
Código do texto: T1688364
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