Esta semana eu dei um mergulho inusitado na história; passei quase 24 horas assistindo todos os documentários do “The History Channel” sobre a ascensão e derrocada de Roma; desde a República até a chegada do Império; suas conquistas territoriais; erros e acertos; homens que se identificavam com o povo; homens que arrasaram o povo; seus deuses; arquitetura; leis; sua glória e desgraça.
 
Foi uma jornada incrivelmente renovadora para minha medíocre cultura de almanaque. Tudo que vi e de tudo que aprendi, inúmeras coisas são postas no cotidiano que atuo e tudo sem nenhuma surpresa, principalmente na política.
 
Marcus Tullius Cícero, um exímio orador descreveu os erros comuns dos homens e foi isso que me deixou mais em alerta. Cícero que viveu cerca de 100 anos antes de Cristo, ou seja: há mais de 2.000 anos, no auge de sua sabedoria intrínseca dos de sua estirpe, falou ao Senado:
 
OS ERROS COMUNS AOS HOMENS:
 
1 – Possuir a ilusão de que o progresso pessoal é obtido esmagando os outros.
2 – Ter a tendência de se preocupar com as coisas que não podem ser mudadas ou corrigidas.
3 – Insistir que uma coisa é impossível porque não podemos realizá-la.
4 – Recusar-se a abandonar preferências insignificantes.
5 – Negligenciar o desenvolvimento e o refinamento mental e não adquirir o hábito de ler e estudar.
6 – Tentar obrigar as outras pessoas a acreditarem e viverem como nós.
 
Theodore Roosevelt disse que “O mais importante ingrediente na fórmula do sucesso é saber como lidar com as pessoas” e meu amigo que tanto gosto, Gilmar Xavier Pereira, homem probo de sucesso e caráter irretorquível, acrescenta que “viver é uma arte simples; nós é que complicamos tudo”.
 
Não nos custa nada sermos educados no trânsito, mas ao invés disso, deixamos transparecer que somos durões e que não podemos levar desaforo pra casa. Não nos custa nada termos paciência com os que iniciam a vida, mas ao invés disso, sempre estamos querendo mostrar que somos superiores. Não nos custa nada devolvermos aquele troco que veio a maior por engano, mas ao invés disso, temos que provar que precisamos ter vantagem em tudo. Não nos custa nada dizer que gostamos de alguém, mas ao invés disso, temos medo de que alguém pense que somos homossexuais. Não nos custa nada admitirmos de que não sabemos varrer um chão, mas ao invés disso, fazemos errado e escondemos a sujeira debaixo do tapete.
 
Estamos sempre mais preocupados com o que o vizinho vai pensar de nós; estamos sempre com mais medo do que nos preocupamos em aprender a fazer o correto; estamos sempre mais preocupados com as questões de manhã e nos esquecemos de curtir com saúde o hoje.
 
Ao invés de saúde, nos preocupamos com a estética; ao invés da cultura, estamos mais preocupados com a futilidade; ninguém sabe o que é a perpetuação de uma biografia e os verdadeiros valores que deveriam imergir o caráter do homem, estes de tão ignóbeis e rejeitáveis, são confundidos com prazer, o prazer efêmero!
 
Ainda há tempo!
Ainda há tempo?
Ainda há algo?
Ainda há...!
 
 
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
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CHaMP Brasil
Enviado por CHaMP Brasil em 24/08/2009
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