Amor de amigos

Sempre quando amo, faço-o escondido, calado, na sombra. Confesso, as vezes grito, mas quem nunca gritou por um amor, mesmo que calado?

Tenho uma amiga, que ultimamente anda voltas e meia com muitas paqueras, muitos flertes. mas poucos romances. Acho que ela insconcientemente desenvolveu um tipo de auto-proteção, não dessas tímidas ou medrosas, antes fosse! É pura prudência, cuidado demais.

Penso se talvez o fato de esperar muito não nos canse. De fato, chega um tempo em que tanto faz; pouco importa se é um príncipe ou plebeu, rei ou camponês, americano ou judeu. Para um coração exigente o tempo exige pouco. Para um coração que se coloca sob vigilante contumácia em se entregar, o tempo quebra-lhe as correntes.

Pórem, penso com meus botões, que o amor à espreita, também prudente. Jogando com as mesmas armas dessa minha grande amiga." Quem com fogo fere, com fogo será ferido". Ela espera isso, sempre esperou.

E fico pensando até depois de escrever essa crônica, que independentemente de sua proteção, o amor continua insistentemente sorrindo pra ela. E sei que dentro de algum lugar dela, ela retribui-lhe o sorriso, esperançosa!

Diego Sousa
Enviado por Diego Sousa em 20/12/2009
Reeditado em 21/12/2009
Código do texto: T1987617
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