BRASIL – A BAGUNÇA  DA RECEITA FEDERAL

De: Ysolda Cabral

 




Nunca tive medo na minha vida. Nem de lagartixa, nem de barata e nem de nada.  Só naquilo que escrevo e para fazer graça.

O fato é que não gosto de nenhuma espécie de fanatismo – futebol, religião, política e sei lá mais o quê... Também não gosto de remar contra a maré e sempre penso que, o que não tem solução, solucionado está. Para quê me desgastar a toa?

 

Contudo, tem coisa que cega a gente de raiva, de impotência, de indignação e de sei lá mais o quê!  E, a única coisa que me resta é escrever para não explodir de vez e gritar bem alto: QUE DIABOS DE PAÍS É ESTE?

 

Respeito, educação, consideração, profissionalismo, ética, não há mais em nenhum lugar?!!!  - Que droga é essa, afinal?!!

 

Aconteceu que: só agora tomei conhecimento de que o meu cadastro de pessoa física da Receita Federal, encontra-se com restrição, em função de uma parcela do meu IR, vencida em 30/06/2009.  Como efetuei o referido pagamento antecipadamente, - exatamente no dia 26/06/2009, o “sistema” não deu a devida baixa.  - Pelo menos é isto que estou deduzindo.

 

Hoje, às 08h, liguei para o telefone de nº (81) 3797.5000 da Receita, situada à Av. Alfredo Lisboa, 1152 – Centro do Recife, e, surpresa de não falar com uma máquina, fui orientada pela telefonista a me dirigir àquele órgão para comprovar o respectivo pagamento.

 

Depois de muita dificuldade para chegar ao endereço, devido ao trânsito engarrafado e para encontrar uma vaga no estacionamento; finalmente cheguei.  Lá, enfrentei ainda uma fila para ter acesso ao setor de informação.

 

Quando chegou minha vez o funcionário, o qual não se deu ao trabalho de responder meu bom dia, disse que eu só seria atendida se agendasse o atendimento, através do telefone de nº 146 - conta corrente pessoa física – ou pelo site WWW.receita.fazenda.gov.br. – CCPF, ou, ainda, se, chegasse bem cedinho, para pegar uma ficha. 

– Será que eu estava em algum posto do SUS... Do INSS?  Pensei com meus botões.

 

Diante deste “improviso” lhe perguntei, com calma e educação, a razão de não ter recebido essa orientação da telefonista quando liguei. Ele me respondeu, impaciente e aborrecido que eu deveria ter sido atendida por uma estagiária,  uma vez que  lá,  e,  no resto do mundo,  estava cheio de estagiários despreparados, atendendo de qualquer maneira, por ser  mão de obra barata.

 

Visando não perder a viagem, abri à bolsa a procura do meu celular para agendar o tal atendimento, através do “146”, uma vez que o funcionário, o qual me atendia e que não era estagiário, não servia pra nada. Na pressa, constatei ter deixado o celular  no carro. Então perguntei onde havia um telefone público. Ele me disse para ir procurar na rua. Talvez numa praça lá perto (Praça do Arsenal da Marinha). E, olhando para o relógio acrescentou não adiantar, pois já era tarde (9h30m) e a última ficha havia sido distribuída as seis da manhã.

 

Eu olhei para ele, engoli seco e lhe disse que iria publicar uma crônica sobre o fato, por achar o sistema deles muito falho e deficiente, sem falar em absurdo.

 

Ele olhou para mim e me disse na maior “cara de pau”: “pode publicar, mas não minta dizendo que chegou aqui cedo e que não foi atendida.”

 

- É mole ou querem mais?!!



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Imagem Google
E  o leão hoje sou eu...