NOSSO PLANETA


Estavam a conversar alguns amigos, entre eles, a Paulina, e o assunto considerado era sobre os valores da vida. Em dado momento alguém enfatiza que a nossa qualidade de vida depende da somatória de muitos outros fatores e/ou valores, inclusive o cuidado e preservação do espaço físico, do meio onde se vive, porque eles trazem alterações ao nosso bem estar. O assunto tornou-se mais encorpado quando atingimos o tema do momento, aquecimento global, porque é algo que nos tem trazido algum tipo de desconforto.
– Paulina é uma amiga especial, e um exemplo de vida, pois além de ser grande nas questões de relacionamentos, também nos empolga com sua riqueza de conhecimentos.
Continuamos nossa conversa e Paulina começa a discorrer sobre as questões ecológicas. Ao perceber que o assunto traria aprendizado, foi convidada uma jovem que faz o Curso Médio, para ouvir, aprender e participar de nossa roda.
Assim disse Paulina aos presentes: O meio ambiente um conjunto de condições físicas, químicas e biológicas que rege a vida em suas diferentes formas, tem sofrido influências negativas direta e indiretamente. A Ecologia estuda essas relações e transformações entre os organismos e muito pouco tem conseguido realizar, porque, embora seja triste dizer, o homem é o principal vetor de degradação do ambiente. Ele é o único ser vivo que destrói o próprio ambiente. Nenhum outro habitante do planeta polui o ar, usa exageradamente e contamina a água e ainda devasta florestas.
De repente surge a pergunta que inquieta a qualquer indivíduo:
– O que leva o homem a destruir o próprio ambiente em que vive?
Prontamente Paulina diz: Muitas poderiam ser as respostas a essa pergunta, mas vamos nos ater apenas a essa, por considerá-la a mais convincente. O homem degrada, destrói seu próprio ambiente por falta de inteligência, por falta de amor, egoísmo e respeito a si mesmo, ao próximo e à própria natureza.
O homem não tem conscientizado sobre a realidade preocupante do nosso planeta; parece não se interessar por essa questão e sem nenhum escrúpulo comete verdadeiras atrocidades. Não são muitas as pessoas que têm atentado para os problemas que agridem o nosso planeta. Talvez futuramente medidas mais radicais sejam necessárias diante de tantos desmandos e conseqüências desastrosas.
Paulina empolga com o assunto e prossegue: A problemática ambiental e o perigo porque passa o nosso planeta são assuntos que têm se tornado motivo de polêmicas no mundo inteiro. O planeta passa por um desequilíbrio e muitas são as causas que contribuem para isso: poluição do ar, escassez e contaminação da água, poluição atmosférica, poluição sonora, crimes ambientais, desertificação, efeito estufa, aquecimento global, biodiversidade, entre outros, que nem poderíamos citar todos em face o nosso espaço.
Desde que as cidades passaram a ser os centros de trabalho e moradia da maioria das pessoas do mundo, muitas delas chegam a ter milhões de habitantes. Para abastecer e abrigar esse mundaréu de gente consome-se energia, exploram-se muitos recursos naturais e acaba-se por produzir muito lixo. Mas não é só o lixo que é problema. A ação do homem alcança muitas outras proporções e projeções. Passamos a conviver com a fumaça das indústrias, dos carros e ainda das queimadas. O céu, ou melhor, a atmosfera fica cheia de gases tóxicos. Dificulta a respiração e por isso é que espirramos, sofremos alergias contra cujas toxidades procura defender nosso organismo.
Como se isso não bastasse, surgem os complexos esgotos, que por não serem tratados adequadamente, ainda são somadas as consequências do lixo das indústrias, que contaminam a água e o solo. Sem esgoto não é possível ficar, não é possível viver. Esse processo de coleta de esgoto é chamado de saneamento e é de responsabilidade do governo. O percentual de saneamento básico é muito pequeno e longe está de serem oferecidas condições dignas.
Mas a terra está poluída não é só com fumaça, gases tóxicos, montanhas de lixos amontoados em lugares impróprios e esgotos não tratados. Existem também os poluentes agrotóxicos utilizados pelos agricultores em suas plantações. Eles impedem os insetos de destruírem as plantações, e somados aos fertilizantes, fazem as plantas crescerem viçosas e atraentes aos olhos dos consumidores. Assim, eles poluem o solo e também nossos organismos.
Outra situação grave dos montões de lixos é que eles também poluem o ar e o solo. Os montes de lixo também produzem fumaça tóxica, com forte mau cheiro por causa da liberação de um gás fétido e inflamável, chamado metano. Os montões de lixo são também verdadeiros venenos para o solo porque muitos produtos químicos chegam misturados ao lixo. Em sua putrefação, aos poucos infiltram na terra e se acumulam ao longo do tempo. Quando vem a chuva, a coisa fica preta, porque o lixo e os produtos químicos são arrastados e vão parar onde estão as plantações, contaminando-as e/ou atingindo reservatórios de água, poluindo as fontes. Essa infiltração pode ser tão profunda que atinge também os lençóis freáticos.
Podemos, contudo, nos alegrar e podemos dar um bem-vindo ao mundo da reciclagem! Ela é uma grande e bela idéia que já começa a resolver um problemão. O lixo já começa a passar por um processamento, a reciclagem, e o planeta começa igualmente a experimentar a beleza de ficar livre do excesso de sujeira. Veja que muitas idéias boas podem ser aproveitadas em favor da questão ambiental, do consumo desastroso da água, incrementar mais e mais a proposta de combate à acumulação do lixo, lutar pela saúde e educação.
A essas alturas, a jovem do Curso Médio, pergunta com grande curiosidade:
– O que são lençóis freáticos?
Com a presteza de sempre Paulina esclarece:
Os lençóis freáticos são ou funcionam como verdadeiros reservatórios de água subterrâneos. Eles devem estar sempre limpos, sem contaminação.
A água é importantíssima para a vida de todos os animais. Todos eles dependem dela para a respiração, digestão, reprodução, enfim, todas as suas funções vitais. Para as plantas também, a água é imprescindível. Sem água, o planeta seria uma imensidão sem vida. Falar sobre a água seria uma glória, tal é a sua grandeza.
Interessante também, ainda que seja de forma rápida, falarmos sobre os recursos naturais, que são todos os bens da natureza, que o homem utiliza. Costuma-se classificar os recursos naturais em dois tipos: Renováveis e Não Renováveis. Os recursos naturais renováveis são aqueles que uma vez utilizados, podem ser repostos. Por exemplo, a vegetação pode ser refeita pelo reflorestamento, o ar e o solo que podem ser protegidos contra a erosão, ter adubação correta e boa forma de irrigação. Os recursos naturais não renováveis, não podem ser renovados como o próprio nome indica. O reflorestamento pode amenizar as mudanças climáticas. Através da fotossíntese, ela retém o carbono e libera o oxigênio. Todos os indivíduos precisavam plantar muitas árvores. É uma conclusão da ONU, mas como a maioria não planta nenhuma árvore, é fundamental que os órgãos públicos e empresas o façam de forma suficiente e de forma adequada.
A questão energética é outro desafio. Se as grandes fábricas ou indústria gerassem a sua própria energia facilitaria para o meio ambiente e conseguintemente evitaria também o desperdício.
Dentro do aspecto dos recursos naturais renováveis, podemos fazer um destaque à mata atlântica. É uma das maiores florestas do mundo e dá pena ver o que restou do desmatamento. Hoje grande parte dela precisa estar sendo vigiada para evitar depredações.
Quanto aos animais em extinção, é preciso dizer que são 160 espécies que sofrem essa ameaça.
A vida no planeta Terra já está sofrendo com o aquecimento global e poderá passar por apuros. Ele já começa atingir nossas casas, a miséria do mundo avança gradativamente.
Encerrando, queremos alertar contra as práticas de crimes ambientais: Caçar, matar, utilizar espécie da fauna silvestre; exportar, vender, guardar espécie da fauna silvestre sem a devida permissão; fabricar, vender, transportar balões, provocando incêndios; pichar, grafitar edificações ou monumentos do patrimônio público; causar danos a áreas florestais ou reservas ecológicas;
Quem comete infrações a essas recomendações sofre punição a ser aplicada pelo Ministério Público.
Diante de tudo que falamos, é importante refletirmos sobre o grande perigo de estamos sujeitos. Urge que cada pessoa faça a sua parte, que cada autoridade constituída cumpra a sua responsabilidade, porque o globo terrestre está vulnerável ao desmando do ser humano, de suas tecnologias contraditórias. A falta de providências concretas expõe o próprio ser humano ao risco de destruições. A destruição da vida é ir contra os princípios mais simples, é uma insanidade, viver em contradição, subestimando a lógica e dar preferência ao caminho inverso.
Prosseguindo entusiasticamente, Paulina não conseguiu deixar de acrescentar mais alguns aspectos de vulnerabilidade do nosso planeta.
Destruir a vida é apoiar-se no nada, na inexistência. É como um suicídio, aceitar ser vencido, é estar apático a uma situação, é estar na vida e não ter sonhos, ou melhor, é não ter motivos para a vida.
É preciso que a humanidade se proponha a fazer alguma coisa enquanto há tempo. Se houver união entre os povos muito poderá ser feito. O futuro pode ser defendido no tempo presente tendo em vista o que já aconteceu no passado.
É interessante observar que tudo que o homem consome é retirado da natureza, desde o papel higiênico ao chip eletrônico. Se houver uma conscientização sobre os temas preservação e conservação seria possível uma sobrevivência mais digna.
O uso dos recursos naturais e a preservação são desafios para o governo, para as empresas e também para cada indivíduo.
Muitos esclarecimentos têm sido dados, através das diferentes meios de comunicação. Ninguém pode alegar desconhecimento ou ignorância.
O poeta, o escritor tem um papel fundamental. Todos devem estar acordados para protestar e esclarecer.
Através das letras, das palavras, das frases, dos nossos textos, podemos estabelecer trincheiras de defesas e de esclarecimentos.




 
Maria Loussa
Enviado por Maria Loussa em 26/01/2011
Reeditado em 02/11/2020
Código do texto: T2752277
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.