O Jardineiro e o amor agarradinho.

O jardineiro e o amor agarradinho

Minha terra, eu sou teu fruto,

Em ti germinei.

Lembro-me da alegria de emitir minhas cotilédones,

Minhas raízes encontraram em ti o PH exato,

Não encontrando dificuldades para absorver-te.

Pois tu és uma fofura.

Precisei de um tutor (meu avô) e o tive.

Na hora da tempestade emitia gavinhas pra ti

E tu me davas arrimo

A vida me podou algumas vezes,

Mas encontrei forças nas raízes para uma rebrota.

Que ilusão viajar! Digo-te

Nos meus sonhos, em forma de briquete

Estive por muitos lugares, mas não encontrei

O ar, a água, os nutrientes, o ambiente, enfim ...

Pude notar e sentir o desequilíbrio ambiental,

Nele a frieza do desmatamento

Não havendo harmonia,

Uma verdadeira guerra entre os reinos,

A cobiça do poder.

Acordei e vi que é só em ti

Que encontro o necessário para minha vida.

Voltei e definitivamente.

Fixei minhas raízes sustentadoras e absorventes,

Para assim renascer dos meus tubérculos

E novamente crescer e com a chegada de novas flores,

Talvez polinizar e assim frutificar,

Conhecendo o verdadeiro sentido da vida de todo ser,

Que são os teus frutos.

Estou a lado da igreja e agarrado a gruta.

Eu sou o teu amor agarradinho e cuido de ti.

Porque minha vida é na minha terra.

( O Jardineiro)

Maiacambuci
Enviado por Maiacambuci em 07/02/2011
Código do texto: T2777606