DESFAZENDO-SE DOS RÓTULOS

Vivemos numa sociedade que nem se dá ao trabalho de nos conhecer, ao menos superficialmente, e se acha no direito de sair nos rotulando. De alguma forma sempre está emitindo suas opiniões, muitas vezes nada sensatas, sobre nossa forma física, opção profissional, vida sentimental, maneira de se vestir, de sentir, pensar e agir diante de determinadas situações e muitas outras coisas que se dizem respeito apenas a nós mesmos.

E, isso funciona como uma prisão, que muitas vezes, a nós parece invisível. De tão acostumados que estamos com tal situação, pensamos ser natural. Mas não passa de um fardo muito pesado que nos obrigam a carregar todos os dias.

Parece não ser possível vivermos a nossa própria vida sem sair por aí emitindo recibo de tudo que somos, fazemos, pensamos a todo o momento, para as pessoas é algo inaceitável. Sem perceber, estamos permitindo que agridem, intimamente, o nosso preceito de liberdade.

Mas, existe uma maneira de colocarmos fim a essa prática abusiva de uma sociedade falsa moralista. Pensando bem, nos desfazendo dos rótulos, vem uma verdadeira libertação para o nosso corpo, alma e espírito.

Nós podemos parar de nos cobrar de ser isso ou aquilo que nos impõe a sociedade, de sentir pressionados a acreditar em algo diferente dos nossos preceitos, e não nos sentirmos mais na obrigação de dar satisfação às pessoas sobre o que gostamos ou deixamos de gostar, o que somos ou deixamos de ser, o que fazemos ou deixamos de fazer.

E, ainda, mesmo sendo a mesma pessoa, nos permitirmos ser sempre diferentes, abertos às novas experimentações, e é quando conseguimos perceber que podemos estar em eterna descoberta e adquirindo muitas e prováveis evoluções.

Pois, nós temos uma característica muito importante em nosso favor, a versatilidade. Podemos ser muitos em um só, podemos nos libertar dos grilhões dos rótulos e sermos, dentro das nossas qualidades, nossos defeitos e nossas limitações, nós mesmos sem ferir a ética, a moral e os bons costumes.

A moda agora é justamente ser diferente. Não precisamos mais ficar o tempo todo tentando se encaixar nos moldes de uma sociedade corrompida e hipócrita.

Não importa mais o que as pessoas pensam sobre nós e se nos rotulam de qualquer que seja a coisa. O que realmente importa, nesse momento, é o que somos verdadeiramente, ou que queremos ser, o que pensamos sobre a nossa própria vida e a direção que queremos ou conseguimos dar a ela, sempre com muita luta e dignidade.

E isso nos dá a certeza que não precisamos de rótulo nenhum para sermos felizes, pois temos liberdade de ser quem quisermos ser e devemos nos orgulharmos disso sempre.

E se não nos acontece a questão de nos orgulharmos de nós mesmos, precisamos procurar onde temos que mudar, o que fazer para consiguirmos admiração, nem que seja vinda de nós mesmos, mas sempre nos desfazendo dos rótulos e não permitirmos mais, sermos rotulados por nada e nem por ninguém.

Vannessa Adryanna
Enviado por Vannessa Adryanna em 01/03/2011
Reeditado em 10/10/2011
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