Dor nos quartos!?

“Eu sempre achei que isso não ia acabar bem!”

Vamos lá! A moça um tanto sedentária recebe o convite para participar de uma semana de aula experimental de dança do ventre.

A professora expõe os benefícios da dança, tais como: trabalhar o alongamento e a flexibilidade; coordenação motora; modelar o corpo, afinar a cintura, tonificar musculatura interna e externa dos braços, pernas e abdômen; corrigir postura diminuindo dores na coluna, derivada de desvios posturais; massagear os órgãos internos estimulando o bom funcionamento; aliviar tensões, combater o estresse; despertar a feminilidade...

Mas, o que foi dito por último cria um impacto na sua decisão: Positiva!

“A dança do ventre, alunas; “NÃO AUMENTA A BARRIGA”, ela “AJUDA A EMAGRECER.””

Com um argumento destes a moça resolve se inscrever.

Aula inicial, o enfoque foi dado sobre como a postura correta é importante na dança do ventre. A professora explica que, na maioria dos estilos de dança do ventre, o foco é no quadril e região pélvica.

Logo alguns movimentos ondulatórios e batidos de quadril, foram ensinados para as alunas-dançarinas. Juliana se empenha e deste modo dança como ninguém!

A professora pede para que façam; o que aprenderam como tarefa em casa.

Dia seguinte em frente ao espelho do guarda roupa Juliana exibe os movimentos para a sua mãe. Exagera na tarefa de casa. Mexe e remexe sem parar.

“Filha você está exagerando. Olha se eu fizer estes movimentos todos vou ficar com dor nos quartos. Cuidado!”

Dito e feito no dia da apresentação para fazer bonito, Juliana entra de cabeça, ou melhor, de quadril, no clima das mil e uma noites.

Ela faz como a professora ensina. As mãos movimentam feitas serpentes. Então, direciona a bacia para o lado direito e comece a mexer os braços. Faz um jogo ágil, ao levar a bacia para várias direções. Olha na professora para ver se está fazendo certo e continua mexendo a bacia para frente, para trás, para baixo, para cima, tentando vibrar os músculos. Os seus pés acompanham os quadris. Permanece mexendo os braços, como se estivesse marcando o ritmo de percussão.

Cansada não vê a hora que a música termine. De repente, ela sente uma fisgada no quadril bem perto das nádegas. Ui! Mas, continua dançando. Ai, ai, ui! Não pode fazer feio diante da platéia. Ui! A fisgada veio mais forte.

A música, enfim, acaba. Aplausos!

Com, o corpo ainda quente pelos movimentos a dor é pequena.

Manhã do dia seguinte a apresentação, a Juliana contorce de dor ao ponto de parecer um verdadeiro ponto de interrogação.

A mãe olha o estado da sua filha e balança a cabeça, negativamente.

“Eu sempre achei que isso não ia acabar bem!”