ACREDITE SE QUISER
De: Ysolda Cabral



 
Não queria perder o bom humor nunca. Entretanto, está ficando cada vez mais difícil mantê-lo,  uma vez que o mau humor se alastra feito peste. 

No trânsito, então, é um verdadeiro ''estado de guerra''. Há uma irritação que paira no ar, deixando todo mundo em alerta, pronto pra briga. 

Tudo está muito complicado, de ponta-cabeça, desorganizado... 

Contudo, de vez em quando, nos surpreendemos com verdadeiras ''vacinas'' de bom-humor, e, de onde a gente menos espera a alegria de viver vem à tona e o sorriso toma conta geral.

Tenho recebido esta vacina, quase que diariamente, desde que resolvi deixar meu carro em casa e aderi ao transporte público (ônibus e metrô). Além de economizar um tempo considerável; não me estresso.

O mais surpreendente e importante é que descobri que as pessoas mais simples e humildes, são muito mais bem humoradas, educadas, gentis e felizes.

Estou adorando o translado casa/trabalho/casa de ônibus e metrô, porém quando digo isso a alguém do meu círculo de amizade, conhecimento e convivência, noto que sou olhada meio atravessado... 

Acho que estou sofrendo discriminação, é mole?!  (Risos)

- Como a humanidade é boba e metida à besta, meu Deus!

Hoje, na vinda, me surpreendi com o motorista dando bom dia a todo mundo, e,  com um aperto de mão!  O ônibus estava lotado, muita gente em pé e ele nos fez rir todo o trajeto.

Outro dia assisti a um show, de voz e violão, de um paraguaio que quase me fez perder a minha parada.  

- Acredite se quiser!