A mais digna profissão, é sem dúvida a enfermagem. Dizer profissão é pouco, porque é muito mais que isso; É AMOR PURO E VERDADEIRO. No dia a dia desta nobre profissão , o verdadeiro profissional, se vê diante das mais adversas situações, e, obrigado a passar por veredas inimagináveis. Como humanos que somos, estamos sujeitos às mesmas circunstãncias da vida, porem na enfermagem, é diferente . É preciso sorrir para alegrar alguém, quando dentro de nos muitas vezes esta chorando; afagar o rosto do paciente, apertar-lhe suas mãos, transmitir-lhe calor humano, quando mais precisamos de afagos; aconselhar, quando precisamos de conselhos, sanar a dor alheia, quando nossa dor esta insuportável. Tomar o paciente nos braços, quando estamos quase desfalecidos e precisamos mais que ele de ser carregado; dar tudo de nos , quando parece que nada mais temos a dar e quando precisamos apenas de um simples incentivo para continuar trabalhando. Matar a fome de outros, quando muitas vezes estamos com nosso estomago vazio. Ser enfermeiro é ser desprezado , e caluniado por quase todos nossos colegas de trabalho, especialmente por aqueles que lado a lado conosco , e que vêm e sofrem as mesmas conseqüências do árduo trabalho e ainda ajudam a traçar o caminho do descaso desta nobre ‘’profissão’’. Ser enfermeiro , é ceder  a outra face quando somos maltratados injustamente pelos familiares de um paciente a quem tanto dedicamos nosso trabalho . Ser enfermeiro, é ser criança , quando vemos nascer um brinquedo ; é ser poeta e compositor para compor versos e alegrar os pais abandonados nos hospitais e nos asilos; é ser cantador  e cantarolar cantigas para os filhos dos outros dormirem quando perdem o sono, e clama pelos pais distantes. È ser mais que parente, é ser avó, avô, é ser pai, mãe, é ser filho, é ser irmão para os que tem a mesma idade que a nossa , é ser neto, marido, esposa, é ser homem é ser mulher, é ser família , é ser um pouco de Deus. É ser ator, para representar o médico, representar os amigos e parentes que não vieram para a visita tão esperada. É ser consolador e curandeiro para consolar e tentar curar as feridas psicológicas marcadas pelos diagnósticos insensíveis e destroçadores do corpo ,da alma e do espírito dos pacientes , e ditos de uma forma maléfica e impiedosa pelos endeusados na sua profissão, que os ferem mortalmente. É ser faxineiro, e muitas vezes limpar até a alma do ser que se cuida, . É ser pesquisador, analisar tudo que se passa com o paciente ; é ser malabarista , e dançar na corda bamba dos escassos proventos, para economizar e mesmo precisando, nada pedir ao paciente muito embora necessidades tenha. É ser águia , para enfrentar com determinação as duras jornadas de trabalho , e enxergar longe as diversas reações dos pacientes. É ser surdo, ser mudo, saber falar, saber ouvir, ser altaneiro, é ser gigante, é ser pequeno quando muitos querem ser grande; é ser simples, é ser orgulhoso  para ter orgulho da roupa branca que veste sem contudo achar que é o dono do mundo. É ser aprendiz e aprender que a gloria da nossa profissão, tem que ser dividida com nossos pacientes, é ser visitante. E visitando também os campos santos, e observando a decomposição dos corpos, aprendamos que a vida é um mistério , e que com este aprendizado, possamos desvincularmos da arrogância e da prepotência profissional, sabendo também disto, tomamos consciência de que o dinheiro não compra a vida, e o direito sobre ela não nos pertence. É ser camuflador, e deixar que nossas lagrimas se confundem com nosso sorriso de apoio, quando compartilhamos com os parentes, a dor pela perda de um paciente, que por determinado tempo estivera aos nosso cuidados, numa batalha implacável. É ser teimoso e briguento , na insistência em favor da vida, não aceitando os passos largos da morte rondando aquele ser indefeso aos nossos cuidados. É ser palhaço e sorrir com satisfação quando vemos que a cura venceu a doença; é ser bradador para bradar bem alto compartilhando com aquele paciente que chegou no hospital carregado em nosso braços e desfalecido, sai vitoriosamente, e no final do corredor , abana as mãos , num gesto de pura gratidão ao nosso trabalho . Isso não é profissão é essência de amor. Bem disse Jesus: “Vinde benditos do meu Pai! Pois tive fome, e me deste de comer; tive sede e me deste de beber; era forasteiro e me hospedaste; estava nu e me vestiste; estive doente e me visitaste” (Mateus cap 25; 34 )
                                                                                                Roosevelt