TERREIRO DE CANDOMBLÉ –  CRÔNICA E POESIA
De: Ysolda Cabral
 

 
  
 
Lendo há pouco a belíssima poesia “O Canto de Yemanjá”, de autoria da querida e talentosa amiga, agora também recantista, Mírian Warttusch, passei a divagar...
 
Meu pai é evangélico e mamãe católica - nenhum dos dois muito praticantes, diga-se de passagem. Papai não queria que nós, seus cinco  filhos, fossemos batizados, e, fossemos,  quando tivéssemos discernimento para escolher a religião que iríamos seguir. Contundo, cedeu à vontade de mamãe e fomos  batizados na Igreja Católica.
 
Quando completei quinze anos, resolvi conhecer um pouco de religião. Depois de ler alguma coisa, considerar as proveitosas discussões  lá de casa,  fui à missa; fui a um culto evangélico e a uma reunião espírita. Até fui a um famoso terreiro de candomblé!
 
Resultado: senti que, para ter Deus comigo, eu não precisava ir a lugar algum. Ele estava em todos os lugares em que eu estivesse...
 
No mar, no ar, na montanha, nas plantações... Enfim, onde minha vista alcançasse.  E, se, fechasse os olhos, lá estava Ele em meu espírito, em minha alma...
 
Sorrindo feliz da vida, peguei meu violão e compus a seguinte canção:
 

 
YEMANJÁ - UM PEDIDO

Lá foi meu bem fugir
Mãe Yemanjá
Oxóssi!
Saravá, saravá,
Me faz vir, meu bem pra cá
 
O luar já surgiu
Só não viu quem não vê
E meu bem foi não vem
Só me faz padecer, padecer
Yemanjá
 
Levai o mau
Trazei
Meu bem pra cá
Mãe Yemanjá
Sem sofrer, sem sofrer
Pra viver, viver em Paz
 
Sexta-feia a meia noite
Um pedido vou fazer
E depois, e depois,
Vou pro mar,
Vou pro mar,
Me benzer... Me benzer
Yemanjá, Yemanjá... 
 

 
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Estou às voltas com médicos, exames...  Contudo estou bem!  Assim que me ver livre deles ou eles de mim, estarei de volta e retribuirei  sua visita e/ou responderei sua mensagem. Provavelmente neste final de semana estarei por aqui.
 
Abraços,