O DIA D

O dia d....

O dia dos namorados, natal, páscoa, dia das mães, dos pais, das crianças, das avós, (perdoem esta pobre incauta, se por ventura, esqueci algum dia), que todas essas datas têm algo em comum, todos concordam. E não me refiro só aos presentes, caso seja esse seu pensamento. Afinal, este texto não tem a pretensão de ser uma crítica e tão pouco uma ode aos dias “ds”, mas eu diria, que pretende ser, sem sombra de duvídas, uma reflexão.

Voltemos, às identificações entre os dias “ds”, bem, em uma definição simples, estes são dias de auto-afirmação e de afirmação ao próximo também. E, quem, em dias tão difíceis, como os atuais, não precisa de afirmação e validação?

Entretanto, caso você seja um sujeito do tipo “preparado”, que realmente não precisa dessas coisas, por favor, forneça-me seu e-mail. Porque eu e todos que conheço, amamos ouvir um eu te amo no dia dos namorados, ganhar um colinho quente no dia das mães, receber um afago no dia dos pais, abraçar o filho ou sobrinho no dia das crianças e embora, o natal seja sempre igual, ainda assim adoramos reunir os amigos em volta da mesa e fazer o mesmo ritual ano após ano. Então, pense bem antes de balbuciar entre os dentes: ih, lá vem o dia d...

Ainda assim, restam algumas indagações: O que fazer no dia “d” quando nos falta o “objeto” principal da comemoração? Afinal, só quem não tem namorado sabe o que é a tortura do fim de semana , essa trilogia de dias infernais, quando se esta avulso. E no dia dos namorados sozinho (a), o que fazer? Ir ao motel sozinho (a)? Abrir aquela champagne “choca” de tanta espera? Ou, quem sabe, erguer a cabeça confiante e dizer para si e para o mundo: é só mais um dia, isso só serve para o comércio, muito embora, essa não seja uma verdade, nem um pouco absoluta para você.

Definitivamente, eu e todos os psiquiatras do mundo não sabemos o que fazer, porque por mais que se tenha uma “densa” autoconfiança, fato é que, confiança é algo que sempre nos falta e como boa parte do que temos e somos vem de fora, como nos incomoda estar à margem dessas comemorações.

Ah, como faz falta não ter com que, no dia “D”!

NINA bARROS

junho de 2004.

ninethe
Enviado por ninethe em 18/01/2007
Código do texto: T350598