Homenagem ao DIA DA POESIA

Eu e a poesia

A poesia é algo que vem dentro do coração da gente.Sente-se. É como uma explosão de sentimentos! Nem se sabe como explicar o momento da poesia.Ele surge, de repente ,no meio do vendaval da vida ou mesmo em instantes de muita monotonia, isolamento ou solidão. É o EU pedindo vez para falar,gritar algumas vezes, entende? Ora, numa reação a qualquer situação, ora , em contemplação, admirando belezas da natureza.Portanto,acho que só faz poesia quem tem muita sensibilidade e grande necessidade de expulsar sentimentos dentro de si.O estado de espírito é, assim, a mola mestra para o despertar de uma poesia dentro da mente de qualquer poeta.

A vida é cheia de mistérios...tudo vive em evolução, como o pensamento de um poeta. Tudo muda. Só Deus não muda.Assim, o poeta verseja conforme vive no seu tempo.Tem tempo de amor e de desamor, de alegria e de tristeza, de ciúme e de paixão, de serenidade e de brigas, de egoísmo e de solidariedade....suas emoções são mútiplas e contraditórias, como complexa é sua vida e seu viver.

O poeta é aquele que não esconde o que sente e no versejar diz o que pensa.Há quem diga ser os poetas contraditórios.Lógico, que ele é assim mesmo.Tudo depende do tempo, da circunstância, do momento o qual é feita a poesia.Por que causar espanto ou admiração de um poeta ser contraditório?! É o ser humano, é a vida que é contraditória!

Não existe tipo padrão para um poeta.Vive, geralmente, em aparente serenidade tendo, quase sempre, um espírito irrequieto, como em estado de alerta, a espera de uma motivação que o faça versejar. O que tem de comum ,um com o outro, é a alma que vive a procurar na poesia uma válvula de escape para suas emoções. Sabe brincar com as letras e palavras, com rima ou sem rima, e vai desabafando, amando, no seu silêncio que,as vezes, só ele entende.

O importante para o poeta é tirar do fundo d'alma emoções e, como num grito jogar fora tudo o que lhe encanta ou desencanta, num gesto de desabafo.Sua poesia é seu grito que sai como um alívio! Se esse grito não tiver eco, não importa. Se ninguém ouvir, pouco importa também, pois ele se sente bem e feliz por ter a alma livre.Em geral, não liga as críticas que possa surgir. O que lhe é valioso é o produto acabado e a sensação de liberdade.É o instante da euforia poética!

É assim que sinto a minha alma quando correndo,às pressas,indiferente ao meu redor, pego qualquer papel e rabisco algo tentando, no juntar de letras e palavras, fazer uma poesia.E me pergunto,como posso fazer poesia se não sou poeta?! E esses rabiscos o que são ?! Não sei o que são...ou rabiscos ou poesia pouco importa!Só sei que representam fases de minha vida...um dia, um momento.No dia seguinte minh'alma sofre viravoltas mil e vivo outro momento...e continúo querendo rabiscar ou versejar.

O que sou então?Não sei. Pouco importa.Para mim,estou feliz assim e vivo, tranquilamente, esperando cada dia um novo renascer com um lindo sol a brilhar.

Na realidade, sou filha de uma poetisa e posso até ter inclinações para essa arte.E fico a pensar tal qual minha mãe que se questionava:"Vale a pena ser poeta?".Medito e respondo. Claro que sim.Deve-se aproveitar a hora e o momento de se jogar fora, em forma de desabafo, as emoções contidas no coração.Isso faz bem e muito bem...ora, cantando uma melodia de amor, ao som de pardal e cotovia,ora empurrando para o ar, para o lixo,o que lhe desagrada. E nesta mistura de sentimentos se vai driblando, entre a monotonia e os aperreios da própria vida, aprendendo a expressar o que nos satisfaz ou não, além de refletir sobre um momento de diabrura ou instante angelical.

Autora:yedamsm

yedamsm
Enviado por yedamsm em 14/03/2012
Reeditado em 14/03/2012
Código do texto: T3553881