Meandros

Já nos primeiros passos e ainda balbuciando, vinte e um de maio, agasalhou as gentes com o calor daqueles que conhecem as necessidades humanas e de todas criaturas ; luminosidade e calor potencializadoras. Seus braços alcançaram como tentáculos, as camadas mais espesas . Poderosa e dadivosa estrela nada para si deseja senão o que lhe é devolvido pela lei que a tudo rege, em eterno retorno águas lhe sorriem, pequenos insetos em espreguiçamento lhe acenam, flores voltam-lhe a face em colorido mais intenso. Grandes mamíferos deliciam-se às suas carícias e, sacudindo-se, uma doce oleosidade distribuem na passageira brisa que a leva em sua invisível cauda até os mais longínquos cumes...

Ah! As benção de uma manhã tipicamente outonal sulina devolve-nos a crença; tudo está bem...O amanhã virá como tem que ; um passo de cada vez, uma aurora de neblinas, outra com garoa fina...E mais outras com os frutos a saciar sedes de venturas.

Em maio nasceu meu irmão, após o signo de touro um geminiano como só Maio( Maya) poderia parir; uma deusa mãe de Hermes (mercúrio) mensageiro dos deuses, com seus pés alados e lábios sábios.

Ah! Meu irmão foi e é meu ídolo, energia, garra, compromisso em entregar a cada um o merecido, buscador da liberdade, humano inda que demasiado, um pensador e empreendedor admirável que com humildade serve sem ser servil tampouco escravo senão de seu caráter perfeicionista.

Assim o vejo como alguém que deseja ardentemente ser imparcial pois para si quer a mesma medida que para o outro; liberdade de se reinventar sem julgamentos apressados pois que aquele que não pondera comete o mais vil dos erros. De natureza afetuosa és como este dia inverso às discórdias e palavras vãs. Como distribuis , precisas do justo retorno apenas e, nada mais...

Ao meu amado irmão que aniversariará no próximo dia 28 de maio, antecipo como presente, esta singela crônica com jeito de prosa, pois antecipou-se o clima em presenteá-lo com temperatura muito a seu gosto; ameno que dispensa todo artefato humano possibilitando o peito nu como ao mundo veio, sei ser este bem no fundo seu maior anseio; liberdade, morna brisa, corpo pleno para brincar de novo.

virgínia vicamf
Enviado por virgínia vicamf em 22/05/2012
Código do texto: T3682679
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